Serviço de atendimento à mulher vítima de violência cresce no país

 

Em pouco mais de 15 anos, o atendimento às mulheres que sofrem violência sexual aumentou 60% no país. A informação é resultado do projeto desenvolvido pelo Centro de Pesquisa em Saúde Reprodutiva de Campinas (Cemicamp), que analisou a existência de serviços em município com população superior e inferior a 100 mil habitantes. 
 
Conforma a análise, até 1990, apenas 6,7% das grandes localidades (cidades com mais de 100 mil pessoas) possuíam os serviços para este tipo de público. Já entre 2001 e 2006, 65,1% dos municípios passaram a contar com os atendimentos junto ao setor público de saúde. A demanda analisada tem como base a quantidade de habitantes levantada durante o Censo 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
 
Em relação aos municípios com quantidade de habitantes inferior a 100 mil pessoas, até 1990, 17,1% contavam com serviços às mulheres vítimas de violência sexual. Já entre 2001 e 2006, os atendimentos passaram a ser iniciados em 45,7% das localidades. Ao todo, 220 cidades classificadas como “grandes” (mais de 100 mil habitantes) foram analisadas; e 565 municípios “pequenos” (menos de 100 mil habitantes) também integraram o estudo. 
 
A pesquisa também destaca quais os principais motivos para inexistência dos serviços em determinadas regiões, quais as principais características no atendimento feito à vítima, se há ou não medicação adequada e disponível para as mulheres, entre outras demandas. A íntegra do estudo pode ser acessada aqui
 
A presidente do Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso da 18ª Região (CRP-18 MT), Maria Aparecida de Amorim Fernandes, destaca a importância do trabalho e também da necessidade em se cobrar a instalação de serviços destinados às mulheres que são vítimas de violência sexual. 
 
Fonte: Pau e Prosa Comunicação