Senado presta homenagem aos 50 anos da profissão de psicólogo
Para celebrar os 50 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil, o Senado recebeu no auditório Petrônio Portella, nesta quinta-feira (23), psicólogos dos mais diferentes cantos do país. A senadora Marta Suplicy (PT-SP), que sugeriu a homenagem, presidiu os trabalhos.
A presidente do Conselho Regional de Psicologia da 18ª Região de Mato Grosso (CRP 18/MT), Maria Aparecida de Amorim Fernandes, e a conselheira Marisa Helena Alves participaram da homenagem no Senado.
O presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Humberto Verona, integrou a mesa do evento, ao lado de sua antecessora no cargo, Ana Bock, que recebeu homenagens dos colegas, inclusive uma placa destacando suas contribuições à profissão. Juntos ainda estavam a presidente da Federação Nacional dos Psicólogos, Fernanda Magano, e o ex-ministro-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vanunuchi.
Quem também compôs a mesa foi o vice-presidente de negócios dos Correios, José Furian Filho. No ato, os Correios homenagearam os psicólogos lançando um selo e um carimbo alusivos às comemorações dos 50 anos da profissão. As peças filatélicas destacam a logomarca e o tema “Muito a comemorar, muito mais a fazer”.
Políticas públicas
Os pronunciamentos destacaram os caminhos percorridos desde a regulamentação da profissão, em 1962, no governo João Goulart. A começar por Marta Suplicy, todos salientaram que a Psicologia, que nasceu como demanda da “elite”, dentro de uma visão “individual”, hoje se destaca pelo compromisso social e a busca de práticas democráticas e cidadãs.
“Não havia no início um discurso que unificasse os psicólogos e agora, depois de cinquenta anos, estamos aqui de outro jeito, porque nos interessamos por nossa gente”, destacou Ana Bock.
Humberto Verona salientou que hoje estão integrados aos mecanismos das políticas públicas voltados à população geral. Como destacou, o país conta hoje com quase 220 mil psicólogos (cerca de 90% mulheres), sendo que 29.212 atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) e 20.463 estão engajados no Sistema Únicos de Assistência Social (Suas).
Fernanda Magano, porta-voz de reivindicações da classe, falou das expectativas dos psicólogos em relação a duas propostas legislativas que tramitam no Congresso. Um deles é um projeto que fica em seis horas a jornada de trabalho do psicólogo com vínculo com o setor público ou privado, matéria já aprovada pelo Senado e agora em exame na Câmara dos Deputados.
O segundo é o projeto que regulamenta a profissão médica, o chamado Ato Médico, um texto que retornou ao Senado depois de passar pela Câmara. Assim como outras categorias do campo da saúde, os psicólogos ainda receiam que o chamado Ato Médico imponha limitações às suas prerrogativas profissionais.
“É necessário que todos tenham condições de trabalhar em equipes e que a regulamentação da Medicina respeite as demais profissões”, afirmou.
Fonte: Pau e Prosa Comunicação com informações da Agência Senado