Com o tema “O processo de reforma psiquiátrica e os paradigmas da atenção psicossocial”, o curso de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Centro Acadêmico (CA) de Psicologia, campus de Rondonópolis, promovem amanhã (18) uma série de atividade no Dia da Luta Antimanicomial, com apoio do Conselho Regional de Psicologia da 18ª Região de Mato Grosso (CRP 18/MT). A programação prevê exibição de filme e de documentários, palestra, mesa-redonda, música, apresentações artísticas, exposição de imagens e vídeos sobra a luta antimanicomial e serviços substitutivos, e jogos lúdicos.

O coordenador da Comissão de Políticas Públicas do CRP 18/MT e professor da UFMT, Alcindo José Rosa, vai proferir palestra sobre “A história da luta antimanicomial”, às 10 horas, no anfiteatro do campus de Rondonópolis. Antes, haverá apresentação artística e exibição do filme “A Troca”.

No período vespertino, a mesa-redonda coordenada pelo professor Luís Fernando Barnetche Barth, vai abordar o tema “A rede de serviços substitutivos de atenção e cuidado em saúde mental”, pela professora Noemi Bandeira; “O trabalho no CAPSI”; por um representante Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSI); e “Relato de estágio”, por um representante da Universidade de Cuiabá (Unic).

“No Brasil, o ano de 1978 marca o início do movimento social pelos direitos das pessoas consideradas com transtornos mentais e pela supressão de hospitais psiquiátricos. A idéia foi a de combater a violência dos manicômios, a mercantilização da loucura, as internações de longa permanência, o regime asilar, a hegemonia de uma rede privada de assistência, entre outros problemas, além de propor uma nova maneira de cuidar das pessoas que apresentavam intenso sofrimento psíquico”, escreve Tomaz Lidorfer Pivetta. 

“Em abril de 2001, com a Lei 10.216, foi inaugurada a Reforma Psiquiátrica no país. Dentre outros direitos, a lei passou a garantir à pessoa usuária deste serviço: acesso a um melhor tratamento do sistema de saúde; ser tratada com humanidade e respeito; ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária; ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis; e ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental”, completa Tomaz Pivetta.

“Desde então, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que surgiram no final da década de 80, passaram a ser uma das principais alternativas ao modelo anterior de hospital psiquiátrico. Com equipes interdisciplinares, os CAPS registraram 21 milhões de atendimentos em 2010. Há também outros dispositivos complementares, como o NASF [Núcleo de Apoio à Saúde da Família] e o CRAS [Centro de Referência de Assistência Social]. Mas, para suprir a demanda de atendimento, é importante adotar novas medidas, como o funcionamento de mais unidades, com leitos (melhor estruturados) destinados a pacientes em crise e operando em rede com outros serviços. É necessário, inclusive, avaliar as denúncias, segundo o Ministério da Saúde, de que existem hospitais psiquiátricos que, ainda, funcionam de maneira inadequada”, finaliza Tomaz Pivetta.

Confira a programação completa:

7 h às 7h20 – Credenciamento

7h20 às 7h30 – Abertura

7h30 às 07h45 – Apresentação artística

7h45 às 10h – Filme: "A Troca"

10h às 11h – Prof. Dr. Alcindo José Rosa Palestra: A história da luta antimanicomial.

13h às 13h30 – Credenciamento e vídeo clipes

13h30 às 13h45 – Abertura

13h45 às 14h – Monólogo

14h às 14h30 – Músicas: alunos da Psicologia

14h30 às 15h – Documentários

15h às 15h20 – Coffee break

15h20 às 16h45 – Mesa-redonda

Coordenador: Prof. Dr. Luís Fernando Barnetche Barth

Composição:

Profª Ms. Noemi Bandeira "A rede de serviços substitutivos de atenção e cuidado em Saúde Mental".

Representante do CAPSI “O trabalho no CAPSI”

Representante da UNIC “Relato de Estágio”

16h45 às 17h – Encerramento

 

Exposição de Imagens e vídeos sobre a luta antimanicomial e serviços substitutivos

Dias 15, 16, 17 e 18 de maio - das 8h às 11h e das 14h às 17h

Local: Saguão do bloco central da UFMT-ROO

 

Dia 18/05  - das 16h30 às 19 h

 

Local: Laboratório de ludicidade da UFMT/ROO

 

 

Fonte: Pau e Prosa Comunicação