Psicologia alerta: cuidado psicológico exige ciência, ética e relações humanas

Psicologia alerta: cuidado psicológico exige ciência, ética e relações humanas

CFP

Você confiaria seus pensamentos mais íntimos a um chatbot? Embora as tecnologias digitais ofereçam inúmeras facilidades, especialistas alertam que, quando o assunto é cuidado psicológico, a ciência, a ética e as relações humanas são insubstituíveis.

Conversas realizadas com assistentes virtuais podem ser armazenadas, analisadas por sistemas automatizados e até acessadas por terceiros ligados às empresas responsáveis. Além disso, dados pessoais podem ser utilizados para fins comerciais, treinamento de inteligência artificial ou até sofrer vazamentos. Esse cenário aumenta os riscos de exposição pública e de crimes como fraudes e chantagens, com consequências emocionais e financeiras graves.

No campo da Psicologia, a proteção da intimidade e da privacidade é um princípio ético central. O Código de Ética Profissional do Psicólogo determina que é dever da(o) profissional respeitar o sigilo profissional, assegurando a confidencialidade das informações compartilhadas em atendimentos. Esse compromisso ético visa proteger pessoas, grupos e organizações de qualquer forma de violação ou exposição indevida.

A resolução Resolução CFP nº 6/2019  reforça  que documentos e registros psicológicos devem conter apenas informações essenciais, resguardando o sigilo como forma de garantir direitos e dignidade. A confidencialidade é, portanto, um instrumento fundamental para preservar a confiança depositada no trabalho da(o) psicóloga(o) e assegurar a qualidade do cuidado.

Assim, ainda que os recursos digitais possam auxiliar em diferentes áreas da vida cotidiana, é imprescindível lembrar que o atendimento psicológico é construído na relação entre profissional e pessoa atendida, sustentado por compromisso ético, rigor científico e responsabilidade social.