Psicólogas(os) podem opinar em consulta sobre projeto de lei que retira atribuições da profissão

Psicólogas(os) podem opinar em consulta sobre projeto de lei que retira atribuições da profissão

Está em consulta pública, no site do Senado Federal, o projeto conhecido como “novo Ato Médico”, que altera a Lei 12.842/2013, também chamada de Lei do Ato Médico. O Conselho Federal de Psicologia (CFP) é contra a proposta, que amplia o alcance das práticas privativas da Medicina e restringe, assim, as prerrogativas legais do exercício das demais profissões regulamentadas na área de Saúde.
 
O Projeto de Lei do Senado (PLS) 350/2014, de autoria da senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), inclui entre as práticas exclusivas dos médicos “formulação do diagnóstico nosológico e respectiva prescrição terapêutica”, ou seja, a identificação de doenças e a indicação do tratamento. Outra atividade restrita à categoria seria a direção de serviços médicos (hospitais e afins).
 
“O texto tenta retomar os dispositivos que foram derrubados pela mobilização da sociedade civil no passado recente – os pontos que foram alvo de veto da presidenta Dilma Rousseff, mantido pelo Congresso Nacional”, critica o conselheiro do CFP Rogério Oliveira. “A aprovação criaria duas castas de profissionais de saúde, num claro retrocesso em relação ao diálogo entre saberes que sustenta o Sistema Único de Saúde e quanto à autonomia de ciências e profissões plenamente reconhecidas no mundo todo, entre elas a Psicologia.”
 
O Conselho Nacional de Saúde (CNS), do qual o CFP participa, recomendou aos senadores a rejeição do Projeto. Segundo o presidente do Conselho, Ronald Santos – que oficializou posição nesse sentido ad referendum do plenário do colegiado – a proposta atenta contra a saúde pública. “O PLS vai contra a ideia de equipes multiprofissionais e das práticas integrativas, modelo preconizado pelo SUS”, afirmou (leia mais).
 
A Frente dos Conselhos Profissionais da Área da Saúde (FCPAS), também integrada pela autarquia da Psicologia, tem se reunido para construir estratégias contra a atual proposta.
 
 
Fonte: Conselho Federal de Psicologia