A Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja), ligada à Corregedoria-Geral da Justiça, está cadastrando padrinhos/madrinhas solidários/as para atuarem na instituição Lar da Criança, em Cuiabá. O objetivo é reunir um grupo de profissionais, que de forma voluntária, possa contribuir para a melhoria da qualidade de vida das crianças, como já acontece em outras instituições da Capital e de Várzea Grande. O projeto Padrinhos: Pais Solidários do Poder Judiciário de Mato Grosso cadastra profissionais formados em psicologia, serviço social, odontologia, medicina, entre outros.

O Conselho Regional de Psicologia da 18ª Região de Mato Grosso (CRP 18/MT) considera importante a participação dos psicólogos nesse tipo de ação. E a equipe de psicólogos do Lar da Criança espera ganhar o reforço de psicólogos voluntários como Padrinho Prestador de Serviços, disponibilizando atendimento psicológico a uma criança. A instituição acolhe crianças que

são encaminhadas a partir de uma denúncia ao Conselho Tutelar e que são retiradas da família. “São crianças que numa fase inicial da vida precisariam de um ambiente seguro, relações de confiança, condições para um desenvolvimento ‘saudável’ e tem todos seus direitos desrespeitados”, explica a equipe.

Atualmente são acolhidas 160 crianças de 0 a 12 anos. Após um período de vivência institucional, essas crianças serão reintegradas à família de origem, ou irão para a família extensa (familiar com quem a criança tenha um vinculo, que queira ter a guarda das mesmas e reúne condições para tanto), ou irão para família substituta (adoção). “As crianças que são encaminhadas para adoção, são as que permanecem por maior período no Lar, saem de uma situação de violência, desamparo emocional, mas tem seus vínculos familiares (irmãos, avós...) interrompidos. Isto gera angústia e conflitos, e por que não dizer, traumas”, explica a equipe de psicólogos ao fazer um convite a todos os psicólogos e psicólogas de Mato Grosso para que possam participar dessa ação.

O projeto Padrinhos: Pais Solidários foi lançado em 2008 pelo Poder Judiciário de Mato Grosso em parceria com o Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Emprego, Trabalho, Cidadania e Assistência Social (Setecs). Criado pela Corregedoria, consiste no apoio material, de prestação de serviço ou afetivo às crianças, a partir dos 7 anos, e adolescentes institucionalizados que perderam os vínculos com as famílias de origem e que encontram dificuldades em serem adotados.

Atualmente, o projeto existe em Cuiabá e Várzea Grande com 9 padrinhos afetivos, 13 provedores e 11 prestadores de serviços.

Padrinho afetivo: aquele que visita regularmente a criança ou adolescente, buscando-o para passar final de semana, feriados ou férias escolares em sua companhia. O apadrinhamento afetivo só poderá ser feito para crianças e adolescentes com possibilidades remotas de adoção. O padrinho afetivo poderá retirar o afilhado ou afilhada das instituições de acolhimento quando for conveniente, mediante autorização do juiz de direito;

Padrinho prestador de serviços: consiste no profissional liberal que se cadastra para atender às crianças e aos adolescentes participantes do projeto, conforme sua especialidade de trabalho ou habilidade. Não somente pessoas físicas poderão participar, mas também empresas mediante ações de responsabilidade social junto às instituições.

Padrinho provedor: aquele que dá suporte material ou financeiro à criança e ao adolescente, seja com a doação de materiais escolares, calçados, brinquedos, seja com o patrocínio de cursos profissionalizantes, reforço escolar, prática esportiva e até mesmo contribuição mensal em dinheiro.

Para se cadastrar no Projeto Padrinhos, o pretendente residente em Cuiabá ou Várzea Grande deverá procurar a Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja), localizada na sede do Poder Judiciário, na Capital. Já no interior, o interessado em apadrinhar terá que se dirigir às Varas da Infância e Juventude ou demais Varas designadas para atuar comulativamente com essa competência.

Outras informações sobre o projeto Pais Solidários pelo telefone (65) 3617 3121 e 3617 3054.

Acesse aqui a ficha de cadastro para apadrinhamento.

Acesse aqui e saiba mais sobre o projeto. 

 

 

Fonte: Pau e Prosa Comunicação