A manifestação “Primavera da Saúde”, que objetiva reivindicar e defender os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), a política antimanicomial e os direitos dos usuários do Sistema de Saúde Mental, realizou nesta terça-feira (27), em Brasília (DF), um ato em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e pela regulamentação imediata da Emenda Constitucional (EC) 29. A mobilização busca colocar o debate no centro da agenda política do Brasil, e para isso, tem unido esforços de gestores, trabalhadores da saúde e parlamentares em torno da causa da melhoria dos direitos à saúde.

A presidente do Conselho Regional de Psicologia da 18ª Região de Mato Grosso (CRP/18 MT), Maria Aparecida de Amorim Fernandes, e a psicóloga Débora Canavarros participaram do evento. Segundo Maria Aparecida Fernandes, “os manifestantes distribuíram panfletos com as 13 razões para defender uma política para usuários de crack, álcool e outras drogas sem exclusão”. A presidente acrescenta que “flores foram levadas até o Palácio do Planalto, simbolizando o florescimento de novas ideias, como a regulamentação da Emenda 29 e também mais investimento em políticas de saúde e no SUS”.

A psicóloga Débora Canavarros conta que se sentiu muito feliz em encontrar pessoas que militam pela saúde mental. “Sabemos que existem diversos entraves na lei, mas é bom ver diferentes categorias unidas pela mesma causa. Vimos pacientes de todos os Estados, servidores, familiares, profissionais, representantes dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), e de igrejas manifestando um direito que é de todos nós”, afirma.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) reivindica o tratamento dos usuários de drogas com cidadania, em meio aberto, sem internação e sem segregação. O isolamento em instituições tais como manicômios ou comunidades terapêuticas gera mais dor, sofrimento, violação dos direitos humanos. O CFP propõe que o atendimento seja feito por uma rede de serviços substitutivos do tipo: Centros de Atenção Psicossocial III (CAPS III), leitos em hospitais gerais, Casas de Acolhimento Transitório, Consultórios de Rua e outras invenções que se fizerem necessárias para garantir o cuidado em liberdade.

A “Primavera da Saúde” faz parte de uma grande jornada de lutas e manifestações em defesa da saúde pública brasileira, para que ela se torne um direito efetivo de todo cidadão.

 

 

Fonte: Pau e Prosa Comunicação com informações do CFP