Presidente do CRP 18/MT se manifesta contra sucateamento da saúde em Mato Grosso

Em coletiva de imprensa realizada durante a manhã desta quinta-feira (08), instituições que compõe o Comitê em Defesa da Saúde Pública de Mato Grosso prestaram apoio aos médicos de Cuiabá e Várzea Grande, que estão em greve devido ao caos estabelecido na saúde pública nos municípios. As instituições informam que prestarão denúncia aos órgãos internacionais de defesa dos direitos humanos sobre a situação da saúde no Estado. A presidente do Conselho Regional de Psicologia da 18ª Região de Mato Grosso (CRP 18/MT), Maria Aparecida de Amorim Fernandes, representou o Conselho, como membro do Comitê.
Os médicos argumentam que o sucateamento da saúde pública em Mato Grosso é proposital. Para eles, seria uma tentativa do governo de justificar a terceirização dos serviços de saúde, via administração da Organização Social (OS) já instalada – o Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde (IPAS). Este seria um dos motivos principais para a paralisação da categoria.
Os membros do Comitê também acusam o IPAS de induzir a população a assinar documento que elogia os serviços prestados pela OS. Denunciam, inclusive, que os servidores estariam sendo pressionados a colher as assinaturas. Tudo isso, seria uma estratégia do Instituto para impedir a aprovação do projeto de lei de iniciativa popular que pretende extinguir a terceirização da saúde em Mato Grosso. O projeto foi entregue à Assembleia Legislativa de Mato Grosso, pelo Comitê, no dia 31 de outubro, com mais de 26 mil assinaturas da população.
A coletiva contou com a participação de representantes da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e do Conselho Federal de Medicina (CFM). As instituições informaram que prestarão denúncia aos órgãos internacionais de defesa dos direitos humanos sobre a situação da saúde no Estado, pois o acesso à saúde pública de qualidade é direito fundamental resguardado por lei.
“Se a população não tem acesso aos serviços essenciais de saúde, se há demora no atendimento e falta de assistência, cabe denúncia aos órgãos competentes, por violação aos direitos humanos. O Comitê em Defesa da Saúde Pública irá protocolar denúncia aos órgãos internacionais para resguardar esse direito”, informou a presidente do CRP 18/MT.
Maria Aparecida disse, ainda, que as discussões e manifestações em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) terão continuidade. “O Conselho Regional de Saúde e o Conselho Federal de Psicologia são contra a terceirização do serviço de saúde, por isto a nossa mobilização, junto às demais instituições que lutam em defesa do SUS, continuarão,” frisou.

Fonte: Pau e Prosa Comunicação