Povos indígenas não possuem acesso a tratamento psicológico

Povos indígenas não possuem acesso a tratamento psicológico

Em Mato Grosso, segundo dados do IBGE, mais de 42 mil pessoas se autodeclararam indígenas no último Censo e 38 etnias estão presentes no estado. Porém, um dos problemas enfrentados por essas comunidades é a falta de acesso a direitos básicos, o que inclui a atenção psicossocial.
 
A dificuldade e as especificidades do atendimento psicológico às populações indígenas será tema de debate no 3º Congresso de Psicologia do Cerrado (Conpcer), que será realizado pelo Conselho Regional de Psicologia em julho.
 
Para o coordenador dessa discussão no Conpcer, o psicólogo Tássio de Oliveira Soares, que atua em Tocantins, afirma que para se falar sobre as contribuições da Psicologia no atendimento aos povos indígenas é preciso se discutir desde a formação do profissional, pois o tema não faz parte das grades curriculares dos cursos de Psicologia.
 
“Cada população indígena tem uma especificidade e o papel do psicólogo é possibilitar uma intervenção o menos violenta possível, de modo a usar o saber psicológico, mas sem interferir no sistema de crenças daquela comunidade”, afirma Tássio.
 
Um dos problemas comuns enfrentados pelos povos indígenas em todo o país e que também é alvo de atuação dos psicólogos é o uso de bebidas alcoólicas em excesso, assim como outras drogas. “Como esse comportamento não é originário dessas comunidades, os efeitos são mais agressivos e causam vários transtornos sociais para a comunidade”, explica o psicólogo que trabalha com o povo Xerente, em Tocantins.
 
3º Congresso de Psicologia do Cerrado
 
O 3º Conpcer será realizado pelo Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso (CRP18-MT) entre os dias 06 e 09 de julho, no Centro Universitário de Várzea Grande (Univag). As inscrições podem ser feitas no site www.even3.com.br/IIICONPCER
 
Fonte: Pau e Prosa Comunicação.