Orientação sobre a importância do acompanhamento Psicológico no tratamento do câncer de mama

Orientação sobre a importância do acompanhamento Psicológico no tratamento do câncer de mama

Todos os anos este mês recebe a campanha do Outubro Rosa, responsável em gerar conscientização das mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce de câncer de mama. As adversidades das mulheres que passam por essa doença são inúmeras e é de extrema importância que façam acompanhamento psicológico para cuidarem de si.

A psicóloga Maria Helena dos Santos trabalhou durante anos com a Associação de Trabalhadores Voluntários contra o Câncer de Mama em Mato Grosso (MT Mamma) - Amigos do peito, no atendimento das pacientes que passaram por tratamentos intensos, cirurgias para remoção total ou parcial da mama e também, na queda de cabelo e conta sua experiência.

“Era um trabalho fantástico, nós funcionávamos como uma rede de suporte. Muitas vezes a família não quer falar sobre a doença porque associam a morte. Mas agora é o momento de falar sobre o câncer, os riscos, as consequências e possibilidades delas. O acompanhamento de psicoterapia durante o tratamento e posteriormente é fundamental porque envolve uma mudança de comportamento físico e mental”, conta. 

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa de novos casos de câncer de mama é de 59 mil somente em 2018. Ainda de acordo com a instituição, é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 28% a cada ano. E as estatísticas indicam um aumento da incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos que estão em desenvolvimento. O câncer de mama ocorre principalmente em mulheres, mas os homens também podem ter a doença. É importante mencionar este fato, pois pessoas não sabem que os homens têm tecido mamário e podem desenvolver o câncer de mama.


A psicóloga Emilia Seiko Taiki esteve junto deste trabalho de psicoterapia com as pacientes do MT Mamma e confirma que o objetivo de terem prestado esse trabalho voluntário é justamente para oferecer às mulheres um suporte profissional, com a vivência em grupo, compartilhando histórias e aflições e gerando uma rede de apoio.

“O trabalho em grupo com as pacientes é satisfatório porque as mulheres conseguem compartilhar o momento comum que estão passando. É claro que cada pessoa possui suas demandas individuais, mas partilhar o que estão sentindo e sofrendo também é uma forma de lidar com a situação. Este tipo de câncer para a mulher é muito significativo porque atinge muitos símbolos femininos, o seio, o cabelo”, completa.

O Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso (CRP 18-MT) traz esse assunto em pauta por acreditar que o suporte da psicologia se faz necessária diante ao período que a mulher está passando. A presidente do Conselho, Morgana Moura, ressalta que a psicologia ajuda no acolhimento e propõe estratégias para atenuar o sofrimento.

“É muito importante o acompanhamento psicológico para promover a essa mulher um período com escuta de suas demandas e atenção. Temos que ressaltar, que desde o princípio do diagnóstico é necessário esse acompanhamento, não somente no agravamento da doença”, finaliza.

Fonte: Pau e Prosa Comunicação