Novo paradigma de políticas sobre drogas é debatido no Conpcer

Novo paradigma de políticas sobre drogas é debatido no Conpcer

“É importante fortalecer a prevenção, porque é uma coisa que não fazemos ainda. Focamos mais no tratamento, e o tratamento é a consequência, o depois” afirmou o gestor da Superintendência de Políticas sobre Drogas da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Paulo Roberto Santana Junior, no 3º Congresso de Psicologia do Cerrado (Conpcer), em Várzea Grande.

Segundo dados das Nações Unidas, o que previne o consumo de drogas, consumo precoce dessas substâncias, o uso abusivo e o desenvolvimento de uma dependência, é o fortalecimento de fatores de proteção social e diminuição dos fatores de risco social e da vulnerabilidade social.

De acordo com o gestor da Sejudh, prevenir o uso de drogas é proporcionar principalmente para crianças e adolescentes que eles cresçam em ambiente seguro, saudável, desenvolva suas habilidades, suas potencialidades, tenham perspectivas de futuro, é isso que efetivamente previne o uso de drogas.

“Por que acreditamos que é isso? Porque temos como referencial um novo paradigma das políticas sobre drogas, mas surgiu como oposição ao que era consolidado há um tempo, o ideal de guerra às drogas. O novo paradigma traz um olhar para o ser humano, o objetivo é fortalecer o ser humano”, completou Paulo.

O maior problema com drogas é o álcool e o tabaco, drogas socialmente aceitas, que estão dentro das casas, é que as crianças convivem com o uso diário de adultos com drogas, nesses casos, a Psicologia tem um papel fundamental da socialização. O psicólogo vai ajudar na reintegração social desse usuário, auxiliando-o a entender os conflitos e as emoções que levam ao uso da substância, levando em conta três aspectos principais: as características pessoais do dependente, a natureza do ambiente em que vive e as características do vício, como as drogas usadas e a frequência de uso.

Por meio de sessões de conversa e de testes psicológicos, este profissional poderá identificar a função dos sintomas e o que eles querem dizer, podendo agir e direcionar seu trabalho objetivamente para cada pessoa, visto que cada indivíduo é único e possui razões e características diferentes que o levam à dependência.

Fonte: Pau e Prosa Comunicação