NÃO, NÃO AO ATO MÉDICO!

PSICÓLOGA(O)


NÃO SE ATE,

VAMOS NOS MOBILIZAR,

NÃO DEIXE QUE O ATO MÉDICO NOS AMARRE.


Se você não concorda com o PL do Ato Médico, envie mensagem aos senadores!

 http://www2.pol.org.br/main/manifesto_ato_medico.cfm

 

  

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Novo Manifesto questionando o PL do Ato médico

A mensagem questionando o PL do Ato Médico mudou. Confira abaixo nova mensagem destinada aos senadores da Comissão de Educação e Cultura (CE), onde o PL se encontra. Este momento exige o envio de um novo manifesto, mesmo para aqueles que já enviaram. Aproximadamente 5.500 emails foram enviados, de 06 até 17 de fevereiro, para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Para enviar a nova mensagem, copie (Ctrl + C) e cole (Ctrl + V) o link a seguir no seu navegador: http://bit.ly/utd599 É hora de mobilização!
 

Aos excelentíssimos senhores e senhoras, Senadores e Senadoras,

Nós, psicólogos e psicólogas, estudantes e profissionais de saúde, unidos com o Conselho Federal de Psicologia, nos manifestamos mais uma vez contrariamente à aprovação do PL do Ato Médico. Afinal, este fere não somente uma profissão, mas sim todo um paradigma de saúde que nosso país conquistou arduamente ao construir o Sistema Único de Saúde (SUS) e que, com ele, fortalece a ideia de que a saúde é uma construção multisetorial, multiprofissional e interdisciplinar.

Este projeto, que teve origem no Senado Federal (nº 268 de 2002), passou por análise da Câmara dos Deputados e hoje encontra-se novamente no Senado, como SCD 268/2002, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), e ainda passará pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

Em defesa aos princípios do SUS, do direito de escolha dos usuários dos serviços de saúde, e pelo trabalho multiprofissional, conforme já foi destacado, desejamos a rejeição do Projeto na Comissão de Educação, pois não há concordância entre os profissionais de saúde que o texto do substitutivo encontra-se pronto para votação da forma como está, pois fere os princípios do SUS e a autonomia das outras profissões de saúde.
 

Deixamos claro que não somos contra a regulamentação da Medicina, pelo contrário, pensamos que os médicos podem e devem trabalhar por isto como forma de a sociedade reconhecer a competência específica destes profissionais. Mas isto não pode ser feito em detrimento de qualquer outra profissão na área da saúde, que é o que acontecerá caso o projeto seja aprovado.

 

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Nota de repúdio à fala do presidente do CFM

  O Conselho Federal de Psicologia vem a público lamentar as palavras do Presidente do Conselho Federal de Medicina, publicadas namatéria do jornal Estado de São Paulo, no dia 8 de fevereiro, após aprovação do PL do Ato Médico, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, pois estas não refletem o real papel da Psicologia, como ciência e profissão, e acreditamos que tampouco represente a visão da categoria dos médicos.
 
Quando diz que para diagnosticar a depressão  os psicólogos precisariam estudar psiquiatria em sua fala “Como tratarão neuroses, esquizofrenia? Só com papo e conversa? De jeito nenhum. Essas doenças são causadas por deficiências bioquímicas, e os pacientes precisam de medicamentos.”,  o presidente do CFM demonstra total falta de respeito com uma categoria que estuda a saúde mental,  em seus pormenores, durante os cinco anos do curso de graduação em Psicologia.  Ao dizer que os psicólogos não são capazes de diagnosticar, o Presidente demonstra total desconhecimento de nossa profissão e desrespeita uma categoria que estuda o diagnóstico mental, inclusive, por mais tempo que os médicos. Isto sem contar com a residência e pós-graduação em Psicologia, que permitem que os psicólogos aprofundem ainda mais os conhecimentos sobre o tema e  técnicas e conhecimento relativos ao diagnóstico.
 
Da forma como descreve a  atuação dos psicólogos, o presidente banaliza uma técnica utilizada há mais de cem anos, a Psicoterapia, e nega o princípio da integralidade do Sistema Único de Saúde, que visa a garantia do fornecimento de um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos, curativos e coletivos, exigidos em cada caso para todos os níveis de complexidade de assistência, englobando ações de promoção, proteção e recuperação da saúde! Ou seja, em nome do corporativismo médico, o presidente do CFM, equivocadamente, sugere que se ignore a visão do homem em todas as suas dimensões, psicológicas e sociais,, conforme  a definição  de saúde da Organização Mundial de Saúde como situação de perfeito bem-estar físico, mental e social.
 
O presidente do CFM, com suas palavras, demonstra pensar ser o medicamento o carro-chefe do tratamento, limitado à prescrição  e reduzindo o homem a uma forma puramente biológica.
 
Importante lembrar que o Direito à saúde faz parte dos direitos sociais, que têm como inspiração o valor da igualdade entre as pessoas, reconhecido na Constituição Federal de 1988, de modo não limitado, e sim multiprofissional e integral.
 
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação.
 
A Psicologia repudia essa fala pois tem certeza que não só os psicólogos, mas os próprios médicos não concordam com uma posição retrógrada e limitada como esta.