Moção reitera repúdio às chamadas terapias reparadoras de orientação sexual
O XIII Fórum Brasileiro da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), realizado entre os dias 8 e 14 de setembro, em Porto de Galinhas (PE), emitiu moção de repúdio às chamadas terapias reparadoras de orientação sexual. O texto reitera a posição anterior dos Fóruns Internacional e Brasileiro da ACP, reunidos em Caucaia (CE), comunicada em 2013 aos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) e ao Conselho Federal de Psicologia (CFP).
No documento, o Fórum destaca a Resolução CFP 001/99, que afirma: “Para a Psicologia a sexualidade faz parte da identidade de cada sujeito e, por isso, práticas homossexuais não constituem doença, distúrbio ou perversão”. Lembra que a mesma chegou a ser alvo de ação popular movida por um grupo de psicólogos que defendiam o uso de terapia de reversão sexual, mas a ministra Carmem Lúcia proferiu liminar favorável ao CFP, que ingressou com uma reclamação constitucional, que manteve a resolução.
A moção repudia ainda “qualquer tentativa ou manifestação de discriminação, patologização, normatização, tratamento ou necessidade de intervenção profissional sobre questões que visem a cura, correção, a reparação, o ajustamento das expressões, sentimentos e práticas homoafetivas e homoeróticas”. E, para completar, afirma o mesmo em relação à utilização da Abordagem Centrada na Pessoa como pretensa justificativa para a suposta "cura gay".