
I Jornada de Psicologia Hospitalar do Centro Oeste discute temas específicos da região
Com o tema “Conceitos e desafios do cenário atual” foi realizada em Cuiabá, a I Jornada de Psicologia Hospitalar do Centro Oeste. Reunindo dezenas de participantes entre profissionais do setor e estudantes, o evento aconteceu nos dias 23, 24 e25 de maio no auditório da Universidade de Cuiabá (Unic).
Durante os três dias foram realizadas várias palestras ministradas por grandes especialistas do país. Fomentando todo o contexto da psicologia hospitalar atual na região, reunindo profissionais que já trabalham nos hospitais públicos e privados da região, e em outros estados. Além de promover uma reflexão sobre a importância da atuação do psicólogo dentro de uma instituição de saúde. Buscou ainda compreender sobre a entrada do psicólogo na residência multiprofissional.
De acordo com a professora, Ângela Campbell que também fez parte da organização do evento, o número significativo de participantes surpreendeu a todos. “Foi um grande evento, muitas pessoas de outras cidades participando conosco, profissionais e palestrantes que trouxeram bons ensinamentos e provocaram uma discussão sobre o assunto em destaque”, destacou.
A professora, Sue Ellen de Figueiredo, acrescentou que o objetivo do evento também foi levar um embasamento teórico junto com uma articulação prática para o público presente, pois tendo um conhecimento maior de como alguns procedimentos são realizados, as pessoas vão praticar suas ações diárias de maneira mais correta e ética. “Tudo foi muito bem pensado, trouxemos para dentro do evento temas mais específicos da nossa região para que possamos entender melhor como é a nossa conduta e a nossa prática em casos mais complexos”.
Já a psicóloga do Hospital Pérola Byington de São Paulo, Flávia Hodroj ministrou uma palestra com o tema “Corpo feminino violado: abuso sexual e aborto legal”, explicou sobre os direitos da mulher ao realizar um aborto de uma gravidez resultada de violência, deixando claro que a violência contra a mulher é também uma questão de saúde pública. “Ainda há um problema muito grande em relação a mulher que fica gestante e quer abortar, pois há um pedido social para que o psicólogo desvende a verdade para saber se a gravidez é realmente resultado de um estupro”, frisou.
A profissional também falou sobre o papel do psicólogo dentro desse procedimento de avaliação para saber a origem da gravidez indesejada com pedido de aborto. “Nosso papel nestes casos é acolher o sofrimento humano e não podemos ficar ansiosos e angustiados diante dessa temática, até por tratar-se de algo muito próximo do judiciário. Jamais devemos julgar essas pessoas e sim acolher essa demanda tentando minimizar os sintomas e sofrimento” concluiu.