Evento traz especialista para discutir luta antimanicomial

Evento traz especialista para discutir luta antimanicomial

O Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso (CRP 18-MT), realiza nesta quinta-feira (05), no auditório I do Instituto de Educação (IE), o evento “Luta Antimanicomial – A luta que não termina!?”

Luta Antimanicomial – A luta que não termina!?,  tema do evento, refere-se à necessidade de pensar coletivamente estratégias políticas, jurídicas e culturais que venham suprir a  ausência de respostas às políticas públicas e a negligência do Estado sobre o tema.

Sendo assim, o objetivo é reunir gestores públicos, entidades de classe e sociedade civil com a finalidade de aprofundar as discussões que permeiam a luta Antimanicomial. O destaque da programação, que irá das 7:30h às 17h, será a palestra “Retrospectiva da Luta Antimanicomial no Brasil”, ministrada pelo doutor em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, professor adjunto na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pesquisador da área de saúde mental, Marcos Vinícius de Oliveira Silva.

Especialista

Marcos Vinícius graduou-se em Psicologia pela Fundação Mineira de Educação e Cultura (1982), fez mestrado em Saúde Pública pela Universidade Federal da Bahia (1995) e tornou-se doutor em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2003). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal da Bahia, coordenador do LEV-Laboratório de Estudos Vinculares e Saúde Mental do IPSI-UFBA, consultor da área Técnica de Saúde Mental do Ministério da Saúde, conselheiro do CONAD - Conselho Nacional de Politicas sobre Drogas e integrante do NESM - Núcleo de Estudos Pela Superação dos Manicômios.

O especialista tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Saúde Pública, atuando principalmente nos seguintes temas: Reforma Psiquiátrica e Saúde Mental, Clínica Psicossocial das Psicoses, Psicologia e Direitos Humanos, Desigualdade Social e Subjetividade.

Luta Antimanicomial

O Movimento da Luta Antimanicomial nasceu no Encontro Nacional de Trabalhadores da Saúde Mental, em 1987, em Bauru (SP), com o lema “por uma sociedade sem manicômios”. Na época, abusos e violação de diretos humanos sofridos pelos usuários da saúde mental dentro dos manicômios eram denunciados e buscava-se pelo fim desse tipo de tratamento, além da instalação de serviços alternativos.

Uma das conquistas desse movimento foi a Lei 10.216/2001, que determina o fechamento progressivo dos hospitais psiquiátricos e a instalação de serviços substitutivos. Desde então, o Brasil tem fechado leitos psiquiátricos e aberto serviços como: CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), Residências Terapêuticas, Programas de Redução de Danos, Centros de Convivências, Oficinas de Geração de Renda, etc.


Presidente do CRP18 – MT, Luiz Guilherme de Araújo Gomes, explica que a Luta Antimanicomial caracteriza-se pelo seu caráter democrático e conta com a participação dos usuários de serviços de saúde mental, seus familiares, profissionais, estudantes e interessados em defender o respeito às pessoas que sofrem transtornos mentais.

”Os conselhos regionais de todo o país têm participado ativamente na implantação da reforma psiquiátrica, que redireciona o modelo assistencial para portadores de transtornos mentais. Além de lutar pelo fim do isolamento, lutamos pelo fim dos maus tratos e tortura pelos quais os pacientes são submetidos em algumas clínicas”, explica Gomes.

Clique aqui para ver a programação completa do evento.

Fonte: Pau e Prosa Comunicação