Evento irá debater atendimento às mulheres vítimas de violência

Evento irá debater atendimento às mulheres vítimas de violência

CRPMT 18

O atendimento às mulheres vítimas de violência será a pauta principal do evento realizado no dia 12 de abril pela Comissão de Direitos Humanos e Políticas Públicas do Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso (CRP 18-MT).

A garantia de direitos para mulher, políticas públicas, acolhimento, escuta qualificada e auxílio jurídico a essa população serão alguns dos assuntos abordados no evento que inicia às 18h30  no Auditório 3 do Bloco C do Centro Universitário de Várzea Grande  (Univag).

“Do Consultório às Políticas Públicas: a atuação profissional de psicólogas(os) em atendimento às mulheres vítimas de violência” contará com a participação da psicóloga Flávia Cristina Silveira Lemos, mestre, doutora e pós-doutora em Psicologia e Subjetividade pela UFF, e integrante da Comissão Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia, defensora pública  dra. Rosana Leite Antunes de Barros, coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher da Defensoria Pública de Mato Grosso (Nudem), e Caroline Weiss Albuquerque, mestre em Psicologia Clínica pela PUC-Rio, psicanalista membro do Laço Analítico Escola de Psicanálise de Cuiabá.

A coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do CRP 18-MT, Zeni Luersen, destaca que o evento será no formato de roda de conversa favorecendo o debate sobre a temática, com a qual as convidadas serão responsáveis em contribuir para que profissionais e estudantes possam ampliar o olhar a respeito desta questão, que vem acompanhada de sofrimento psíquico, necessitando, portanto, da atuação da Psicologia.

A temática também está relacionada à questão regional. Em 2018, a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá (DEDM) atendeu 3.054 mulheres vítimas de violência, em Cuiabá.  O que representa mais de oito mulheres agredidas por dia. O número de procedimentos registrados foi 19% maior que em 2017. Além disso, Mato Grosso ocupa o nono lugar no ranking nacional de casos de violência contra a mulher.

“O evento foi pensado considerando o cenário brasileiro e também regional de acirramento de discursos de ódio a populações historicamente vulneráveis, dentre elas as mulheres, acompanhadas das mais diversas violações de direitos fundamentais.  Está defesa precisa ser assumida como responsabilidade de todos, e mais do que nunca da Psicologia enquanto ciência e profissão, explicou  Zeni.

Os interessados em participar podem se inscrever pelo link: https://www.even3.com.br/discursodeodionao

Campanha nacional

Junto com o evento, será também lançada a campanha nacional de Direitos Humanos do CPF que tem como eixo central fazer contraponto aos discursos de ódio contra populações historicamente vulnerabilizadas e estimular o respeito e ações humanizadas e humanizadoras.

A campanha, lançada pelo CFP em outubro do ano passado, faz referência aos povos tradicionais, à população em situação de rua, à população negra, à população LGBT, aos usuários de drogas, às mulheres, aos usuários de serviços de saúde mental, às crianças e adolescentes vulnerabilizados e às pessoas privadas de liberdade.