As Comissões de Psicologia Organizacional e do Trabalho do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Psicologia (CFP e CRPs) realizaram encontro no dia 16 de agosto, em Brasília (DF), para discutir assuntos relacionados à área. Representante do CRP18-MT, o conselheiro Wilson Roberto Palermo Ortega avaliou positivamente o evento, destacando avanços tanto no que diz respeito à organização como na busca pelo estabelecimento de políticas para a POT.

Convidada para participar do encontro, a presidente da Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho (SBPOT), Fabiana Queiroga, fez um informe de ações que a entidade vem realizando nos últimos meses. Ela citou a formulação de uma consulta pública, a ser iniciada em setembro, com a categoria, para uma futura publicação sobre POT que será lançada no próximo Congresso Brasileiro de Psicologia Organizacional e do Trabalho (CBPOT), a ser realizado em julho de 2020.

A reunião também contou com análises sobre a atual conjuntura com foco no mundo do trabalho e nas relações trabalhistas, e sobre as organizações de trabalho e os impactos das questões econômicas-financeiras nos modelos de gestão e de relações de trabalho que prevalecem na atualidade. As comissões ainda abordaram tópicos como mercado de trabalho, trabalho intermitente, direitos trabalhistas, trabalho formal e informal e adoecimento mental por conta precarização do trabalho.

Já na parte da tarde, foram apresentadas as atividades desenvolvidas pelas comissões POT locais, logo depois discutidas as práticas mais bem-sucedidas e de como elas poderiam ser replicadas em outros Regionais. Para concluir, foram considerados a relevância da implementação de políticas e estratégias na interação entre clientes internos e externos, na prestação de serviços na área de gestão de pessoas.

Coordenador do Núcleo de Estudos em Psicologia Organizacional e do Trabalho (NEPOT) de Rondonópolis, Wilson Ortega considera eventos como o encontro uma mostra de avanço da atual gestão do Sistema Conselhos. Ele lembra que não havia uma comissão ou grupo de trabalho no âmbito federal dedicado à POT, o que acabava fazendo com que houvesse um certo distanciamento dos profissionais da área por não se sentirem representados. 

“Então, isso foi um primeiro ganho para nós. A oportunidade dessa troca de experiências, do que os conselhos estão desenvolvendo dentro de cada estado”, avalia, ressaltando que apenas duas unidades da federação não tiveram membros de comissão ou representantes no encontro. Wilson aproveitou para falar da dificuldade de reunir os profissionais psicólogos, sejam da POT ou não, devido às grandes distâncias existentes em Mato Grosso. “A preocupação é justamente de articular mais projetos e ações em parceria com as demais áreas da Psicologia no sentido de esclarecer mais a prática do profissional da POT. Trazer mais esse profissional para discutir as políticas, a gestão da profissão junto aos conselhos. Precisamos desse contato nas localidades”, frisa.

Nesse sentido, ele informa que está sendo planejado um evento de POT para o início de outubro, inicialmente em Rondonópolis, podendo se repetir em Cuiabá e no Nortão. “A maioria dos conselhos têm conseguido mais efetividade nas suas ações em termos de participação no interior do que só na capital”, ressalta. É algo que o próprio CFP já constatou, salienta Wilson.