
Encontro de Psicologia Jurídica apresenta levantamento sobre atuação de profissionais
O Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso (CRP18-MT), por meio da Comissão de Psicologia Jurídica, realizou o I Encontro dos Profissionais de Psicologia Jurídica de Mato Grosso e foi iniciado com a apresentação de um levantamento que busca contextualizá-la em Mato Grosso. O evento ocorreu entre os dias 23 e 24 de novembro no Univag - Centro Universitário.
Dados que são preliminares, pois englobam numa etapa inicial órgãos públicos de Cuiabá e Várzea Grande, foram apresentados pelo psicólogo João Henrique Magri Arantes, membro da Comissão de Psicologia Jurídica do CRP18-MT. Ele mostrou que existem hoje dentro desse universo cerca de 100 profissionais e a ideia é reunir informações sobre condições de trabalho e estruturais das unidades, autonomia de atuação, salários, tipo de vínculo empregatício e como são as relações com profissionais de outras áreas.
A conselheira Olga Leiva Santana, coordenadora da Comissão de Psicologia Jurídica, explicou que o grupo começou a atuar há pouco tempo no Conselho e uma das necessidades verificadas foi a de um encontro como este. “Para que se possa conhecer as(os) profissionais e saber das práticas daqueles que trabalham nessa interface com a Justiça, não só as(os) profissionais dos fóruns de Cuiabá e Várzea Grande, mas também da(os) profissionais que estão na rede de atendimento e de alguma forma prestam algum serviço para a Justiça”, frisou.
Segundo ela, é um momento de dialogar com a categoria, de trocar experiências e discutir os desafios que as(os) psicólogas(os) estão encontrando nessa atuação. Para assim poder traçar diretrizes, propostas, encaminhamentos, para que a comissão consiga trabalhar alinhada com as necessidades daqueles que atuam no campo da Psicologia Jurídica.
Conselheira do CFP e representante da região Centro-Oeste, Marisa Helena Alves, ressaltou que a Psicologia Jurídica é um campo que vem crescendo e tem uma abrangência muito grande, fazendo interface com outras ciências. “Isso requer que a postura da(o) psicóloga(o), o exercício profissional leve em consideração essas interfaces, leve em consideração toda a complexidade, dinamicidade e diversidade desses campos de atuação. Assim ela(e) efetivamente fará um trabalho que promova o bem estar das pessoas que estão envolvidas nessas diversas áreas, como a vara de família, o sistema prisional”, analisou.
Exposição
O I Encontro dos Profissionais de Psicologia Jurídica de Mato Grosso conta com exposição da pintora Cida Silva, responsável pela arte que irá estampar a capa do relatório. Os trabalhos dela são especialmente interessantes para o evento porque a ex-enfermeira passa para as telas muito do que viu e que a sensibilizou durante sua atuação em instituições que atendem pessoas com transtornos mentais, como o Hospital Adauto Botelho.
“Fiquei muito feliz do pessoal ter solicitado essa arte pra mim e ter me convidado para mostrar minhas telas. Os meus trabalhos são sempre do cotidiano, daquilo que vivo, com que me envolvo. Sou enfermeira aposentada, trabalhei mais de 30 anos e vivi muitas dessas cenas. Trabalhei na saúde mental, no hospital psiquiátrico e, no final, com pessoas que têm transtorno mental e estão em conflito com a lei”, contou.
Fonte: Pau e Prosa Comunicação
Foto: Lucas Ninno