O Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso (CRPMT) lançou neste mês de Julho um levantamento junto às(aos) Psicólogas(os) atuantes nos contextos do Poder Judiciário e de Interfaces com a Justiça no estado. O objetivo é o de conhecer as práticas e aspectos relacionados ao trabalho das(dos) profissionais, dificuldades enfrentadas e desafios dos contextos institucionais, oportunizando assim uma aproximação com a categoria e o estreitamento do diálogo para o fortalecimento deste campo de atuação. CLIQUE AQUI.

O levantamento foi elaborado pelos membros da Comissão de Psicologia e Interfaces com a Justiça (CPIJ), que discutem a atuação profissional nesses espaços. A coordenadora da Comissão, psicóloga Olga Santana, explica que mapeamentos como este tem sido realizado pela comissão desde sua instituição, em 2018, de outras formas, com foco nas(nos) profissionais que atuam tanto no Poder Judiciário como em organizações como Ministério Público, Defensoria Pública, sistemas penitenciários, socioeducativos e casas-lares.

“Essas instituições que não são o Poder Judiciário possuem psicólogas(os) atuando e conhecer esses espaços de trabalhos é muito importante para que o CRPMT possa dialogar com essas(es) profissionais sobre a atuação, orientar as práticas e fiscalizar também quando necessário. Mas principalmente, para conhecer o panorama atual que nós chamamos das(os) psicólogas(os) que atuam no campo da Psicologia Jurídica. Além de atuar na assistência, esses profissionais produzem documentos  psicológicos que vão subsidiar  o Judiciário, em suas decisões, em suas intervenções”, lembra.

Olga ressalta a importância de ter dados atualizados regularmente para que o CRPMT possa atuar junto com categoria em prol da profissão. “Esse mapeamento já acontece ao longo dos anos, porém entendemos que houve muitas mudanças nos mais diversos contextos de trabalho, principalmente no Judiciário, que abre credenciamento de tempos em tempos. É importante conhecer os profissionais e suas práticas para por exemplo, dimensionarmos os impactos que a pandemia trouxe para a atuação da categoria nesse momento, em que muitas(os) estão trabalhando na modalidade à distância, Inclusive para atualizar nossos dados de e-mail, telefone de contato e interesse, convidando-as(os) para participar da Comissão, para trazer suas demandas, dificuldades, discutir amplamente os desafios da atuação junto com o Conselho”.

O levantamento permanecerá ativo por um mês, ao longo de Julho, com divulgação via plataformas do Conselho, redes sociais como Instagram, WhatsApp e Facebook, além de ser enviado por mala direta ao e-mail das(os) profissionais. “Então é muito importante que a categoria abra os e-mails que recebe do CRPMT e veja do que se trata, se informe e se atualize. É um questionário que se responde rapidinho, com menos de dez minutos. Isso ajuda muito para podermos entender as dificuldades, pontos críticos que a categoria está vivenciando”, conclama Olga.

Após o término do trabalho de coleta das informações, segundo a coordenadora da comissão, o CRPMT fará a divulgação e um debate ampliado com a categoria, para publicizar esse conhecimento com as(os) profissionais e também problematizar as questões que foram levantadas como mais preocupantes ou que necessitam de alguma intervenção da autarquia através de resoluções, normativas, orientativas. Não é necessário identificar-se, justamente para que as pessoas não se sintam constrangidas de alguma forma, frisa. Vamos participar para construirmos uma atuação mais forte e alinhada entre categoria e sistema Conselho de Psicologia.