CRPMT lamenta morte da psicóloga e escritora Marilza Ribeiro

CRPMT lamenta morte da psicóloga e escritora Marilza Ribeiro

CRPMT 18

O Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso (CRP18-MT) lamenta a morte, nesta terça-feira (1º de fevereiro), da psicóloga, poeta e instrutora de Biodança Marilza Ribeiro Cardoso, aos 87 anos. Ela foi uma das primeiras inscritas na autarquia e por muitos anos se dedicou à profissão e ao reconhecimento da ciência como instrumento eficiente para a promoção de mudanças nos contextos sociais.

Homenageada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) por ocasião dos 50 anos da profissão, completados em 27 de agosto de 2012, Marilza Ribeiro teve a trajetória enaltecida por sua luta no sentido de abrir caminhos e ampliar as discussões acerca da Psicologia. Lutou também contra o preconceito e uma visão burguesa da especialidade, confrontos estes importantes para que houvesse o devido reconhecimento.  

Sua importância, não só para a Psicologia, como também para as artes foi reconhecida pela Prefeitura de Cuiabá, que emitiu nota lamentando seu falecimento, segundo o texto, em decorrência de um quadro de pneumonia. Ainda de acordo com o documento, seu corpo será cremado na Cidade de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, e a urna será encaminhada à capital mato-grossense para homenagens de familiares e amigos. 

Marilza Ribeiro Cardoso nasceu em Cuiabá, em 27 de março de 1934, filha de descendentes de europeus. Desde cedo dedicou-se à literatura, com a publicação de contos. Aos 17 anos já era locutora de rádio, em Cuiabá, tornando-se uma das primeiras da cidade. Formou-se em psicologia na Faculdade de São Marcos.

Nos anos de 1951 a 1953 participou de um grupo de escritores mato-grossenses, entre eles Silva Freire, que tinha o objetivo de divulgar a poesia, participando de saraus, apresentações públicas, festas em escolas. No início da década de 70 foi para São Paulo, onde obteve contato com escritores nacionais que influenciaram de modo significativo sua visão literária.

A formação manifestou-se em seu modo de escrever, segundo a escritora Yasmin Jamil Nadaf, pois, conhecedora da alma humana - traço de sua vivência profissional e pessoal – a autora questionava em sua obra a existência humana, e expressava a sua indignação com a atual condição do ser no mundo. Publicou livros como Meu Grito (poemas para um tempo de angústia), 1973; Corpo Desnudo, 1981; Cantos da Terra do Sol, 1998; A Dança dos Girassóis, 2004; e Palavras de Mim, 2005.