CRPMT e DECON realizam diligência em conjunto para apuração de exercício ilegal da profissão de Psicóloga (o)

CRPMT e DECON realizam diligência em conjunto para apuração de exercício ilegal da profissão de Psicóloga (o)

CRPMT 18

 

O Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso (CRP18-MT), por meio da Comissão de Orientação e Fiscalização (COF), identificou dois suspeitos de exercício ilegal da profissão de psicóloga(o) que realizavam atendimentos no centro da capital, Cuiabá. A ação foi realizada em conjunto com a Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon).

A autarquia chegou até as pessoas (um homem e uma mulher) por meio de denúncias anônimas e material publicitário que anunciava serviços de psicopedagogia clínica, psicologia organizacional, testes, avaliações e laudos psicopedagógicos. “Estas atividades ofertadas pelos denunciados são privativas de profissionais formadas (os) em Psicologia, por expressa previsão legal”, salienta Jaqueline Vilalba Fernandes, presidente da Comissão de Orientação e Fiscalização do CRPMT.

Jaqueline informa que dentre o material recebido nas denúncias, havia atestados em que era apresentado um número de “CRP”. Segundo ela, ambos não possuem registro no CRP, que significa Conselho Regional de Psicologia. Os denunciados alegaram que são associados a um grupo de psicanalistas da região. Mas a verdade é que não existe nenhuma fundamentação legal para o uso desta sigla, pois a mesma é de uso exclusivo do Conselho Regional de Psicologia para identificar o número de inscrição dos Psicólogos junto ao Conselho.

A presidente da COF salienta ainda que, “a Psicanálise não é uma profissão regulamentada, portanto não existe um conselho que a oriente e fiscalize”. O uso da sigla CRP nos documentos induz os cidadãos a acreditarem que estão sendo atendidos por profissional da Psicologia, o que de fato se constatou que não eram. Segundo Jaqueline “isto engana a população e fomenta o descrédito quanto a profissão”

Apesar de se auto intitularem psicanalistas, eles não apresentaram na ocasião da visita, nenhum certificado ou diploma de conclusão de curso que comprovasse a formação, ressalta a psicóloga e conselheira. Informaram também que a formação do homem denunciado é, na verdade, em Serviço Social, e a da mulher Licenciatura em Biologia. No local onde os denunciados realizavam as suas atividades, foi possível constatar anúncios de atendimentos em auriculoterapia e acupuntura como um dos tratamentos ofertados.

De acordo com Jaqueline Vilalba, outra situação que causou preocupação foi o fato de algumas pessoas informarem em suas denúncias que houve indicação dos suspeitos por um plano de saúde. “O Conselho já está tomando as medidas administrativas cabíveis e também já encaminhou as constatações para apuração da autoridade policial competente”, informa.

Para Gabriel Henrique Figueiredo, presidente da autarquia, essa ação é mais uma das iniciativas que o Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso vem desenvolvendo para proteger a sociedade e lutar pelo respeito à profissão. “A Psicologia vem sofrendo uma série de ataques e precisamos utilizar das prerrogativas legais para defender a nossa profissão, mas principalmente defender a sociedade daqueles que desejam ludibria-la, ofertando um suposto serviço psicológico”.

Jaqueline aproveita ainda para orientar a população quanto à necessidade de consultar o CRPMT ou outro conselho regional de Psicologia, ou mesmo o Conselho Federal (CFP) no caso de alguma dúvida ou desconfiança. “A forma da (o) cidadã(ão) se defender de falsas(os) profissionais é verificar a informação, consultar o Conselho. É só ligar que nós vamos verificar se a pessoa tem formação e está inscrita na autarquia, que é responsável por fiscalizar e orientar o exercício da profissão de psicóloga(o)”, reforça.

Para a verificação no Cadastro Nacional de Psicólogas (os), o endereço é https://cadastro.cfp.org.br.

O CRPMT disponibiliza os contatos da Comissão de Orientação e Fiscalização para eventuais informações, dúvidas ou denúncias: (65) 9 9242-3691 (das 11h às 17h) e (65) 9 9235-4207 (das 8h às 14h).