O Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso (CRP18-MT) conquistou a vaga de titular entre Representantes de Organizações de Trabalhadores no Conselho Municipal de Assistência Social de Cuiabá. A autarquia, que será representada pelo psicólogo André Luiz Martins, ficou em primeiro lugar na votação realizada em outubro deste ano para a Gestão 2021-2023.

André Martins já vinha atuando como suplente no CMAS Cuiabá desde setembro de 2020, quando ingressou na vaga deixada por outro conselheiro que precisou optar entre duas cadeiras – a outra era de Conselheiro Titular no CMAS de Várzea Grande. Já na época, lembra ele, o presidente do CRPMT, Gabriel Henrique Pereira de Figueiredo, ressaltou a importância ter no conselho municipal alguém que trabalhasse em um Centro de Referência da Assistência Social (CRAS).

O CRPMT obteve três votos, ficando, portanto, com a primeira posição na eleição, sendo que em segundo lugar ficaram empatados o Conselho Regional de Economia (CORECON-MT), a Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB/MT) e o Conselho Regional de Serviço Social 20ª Região (CRESS-MT). O Conselho Regional de Administração (CRA-MT), que obteve um voto, ficou de fora da composição, já que estão previstas apenas duas vagas de titular e duas de suplente. O desempate foi por critério etário.

O representante do CRPMT pensa inclusive na possibilidade de candidatar-se à presidência do CMAS Cuiabá na eleição que deve ocorrer na primeira reunião ordinária da nova composição do conselho. A ideia, explica André, é amplificar ainda mais a possibilidade de colocar em pauta assuntos importantes tanto para as (os) psicólogas(os) como para os trabalhadores em geral do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

“É importante ter alguém na representação de trabalhadoras(es) que sente na pele sabe, que está lá na ponta do trabalho, no dia a dia, no cotidiano, que sabe quais são as demandas das(os) servidoras(es)”, frisa André, que está lotado no CRAS do bairro Novo Colorado. Ele pretende colocar em pauta questões como Plano de Cargos e Carreiras e Salários (PCCS) específico para quem atua no SUAS e a retomada da comissão de fiscalização do programa Bolsa Família (ou o substituto proposto pelo Governo Federal, o Auxílio Brasil).

“Na comissão, por exemplo, de controle e avaliação de programas sociais é indispensável que, além das visitas técnicas, de inscrição de entidades e organizações de Assistência social no CMAS, haja visitas nos CRAS [Centro de Referências de Assistência Social] e CREAS [Centros de Referência Especializados de Assistência Social], nos equipamentos municipais de Assistência social para ver como que estão sendo feitas as atividades. E também as demandas das(os) trabalhadoras(es) e a garantia do exercício da cidadania dos usuários em relação aos serviços próprios da Política de Assistência social, à questão dos acolhimentos institucionais, aos acompanhamentos das denúncias que chegam ao CMAS e acompanhar a completude das deliberações da 13ª Conferência Municipal de Assistência social”, pontua.

André também aponta a necessidade de promover mudanças no Regimento Interno e estruturais no CMAS. “Mesmo que eu não ganhe a presidência, o fato de me colocar como representação que ampara as demandas das(os) trabalhadoras(es) já é um posicionamento”, salienta o representante do CRPMT.