CRP18-MT participa do Congresso de Psicologia Fasipe 2023

CRP18-MT participa do Congresso de Psicologia Fasipe 2023

CRPMT 18

Representação social no combate ao racismo e atenção à diversidade foram discutidas no encontro

 

Na última semana, o Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso (CRP18-MT) participou do Congresso de Psicologia 2023, da Faculdade Fasipe Cuiabá. O evento teve como intuito a formação de profissionais responsáveis e comprometidos com a ética no exercício de suas funções. O CRP18-MT contou com a representação do presidente João Henrique Magri Arante, que também compôs a mesa de abertura do encontro, da conselheira e coordenadora da Comissão de Relações Étnico-raciais (CRERP), Camiele Benedita do Carmo, e do psicólogo e membro da Comissão de Psicologia e Diversidade de Gênero e Sexual (CDGENERO), Auri Henrique Mota Braga.

A representação social frente ao combate ao racismo e a importância da atenção da Psicologia nas pautas LGBTQIA+, foram os temas abordados pelos membros do CRP18-MT. Durante a conferência, Camiele Benedita ressaltou que em 60 anos a Psicologia ainda não é afrocentrada, mas que está no caminho, porém, ainda não há nas universidades uma matéria obrigatória sobre o assunto, mas sim como algo optativo. “Nós ainda não temos clínicas afrocentradas, não temos professores, gestores, coordenação, uma docência totalmente negra que, de certa forma, possa olhar para a Psicologia e dizer que é necessário ser antirracista. Isso ainda não existe nas universidades”, pontuou.

Camiele ressaltou ainda que, apesar da luta ser maçante, estão trabalhando para que se torne uma realidade dentro da Psicologia e nos cursos de graduação. A coordenadora da CRERP aproveitou a oportunidade para convidar os acadêmicos a conhecerem o Conselho e suas resoluções, o trabalho que é feito pela autarquia e dentro das diversas comissões existentes, assim como convida-los a fazerem parte.

O psicólogo e membro do CDGENERO, Auri Henrique Mota Braga, falou sobre a importância da atenção à comunidade LGBTQIA+, enfatizou a necessidade de seguir os princípios fundamentais do código de ética da Psicologia, estar atento aos direitos humanos e respeitando a diversidade, com o intuito de eliminar todo e qualquer tipo de preconceito e violência.

“É importante que profissionais da Psicologia se atentem a temas diversos e não só aqueles que os interessam, mas a tudo aquilo que esteja incluso na sociedade e tenha problemáticas ainda a serem discutidas”, disse.

O psicólogo também reforçou a importância de cobrar a inclusão dos assuntos nos currículos acadêmicos das universidades. “Às vezes na própria faculdade a gente não encontra muitos temas relacionados. Talvez, hoje, já seja possível encontrar essas abordagens, mas não é o suficiente. A gente sai da graduação e se depara com diversos tipos de pessoas e problemáticas, e não temos o mínimo de conhecimento, de preparo, para que seja trazido de forma mais segura esse acolhimento. Nós, enquanto profissionais, temos que cuidar de toda e qualquer pessoa, não só daquelas que achamos que devemos cuidar. Temos que entender que nossos valores pessoais não são bem-vindos dentro da prática profissional e devemos ser imparciais”.

Auri ressaltou ainda a relevância da inclusão de pautas obrigatórias nos cursos de Psicologia, para que seja possível o estudo da diversidade desde a graduação.