CRP18-MT discute novo regimento interno em plenária ampliada

CRP18-MT discute novo regimento interno em plenária ampliada

O Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso (CRP18-MT) realizou sessão plenária ampliada no dia 25 de março, onde foram discutidas demandas em âmbitos estadual e federal relativas às (aos) profissionais e à profissão de psicóloga (o). Entre os principais assuntos esteve a revisão do regimento interno do conselho, discussões sobre ações de comissões, cadastramento de pessoa jurídica e indicações de nomes para comissões nacionais de pesquisa do Conselho Federal de Psicologia (CFP).
 
A presidente do CRP18-MT, Morgana Moura, explicou que o texto do Regimento Interno da autarquia deve ser analisado periodicamente e encaminhado para o CFP para aprovação. Na opinião dela, como conselheira presidente e com base em outros documentos dos demais CRs, este novo RI será o mais completo já produzido, inclusive em termos de definição sobre o funcionamento do conselho. 
 
Entre as deliberações foi montado um Grupo de Trabalho para rever o cadastramento de pessoa jurídica das comunidades terapêuticas. Também entraram em pauta demandas relacionadas ao Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (Crepop), no caso as indicações de nomes de profissionais para compor comissões temporárias (chamadas de ad hoc) nacionais de pesquisas, como por exemplo, as que promoverão discussões relacionadas a questões indígenas e de pessoas em situação de rua.
 
Também foram iniciadas as articulações da subcomissão de Direitos Étnicos e Raciais, vinculada à Comissão de Direitos Humanos e Políticas Públicas. No caso desta comissão, ficou estabelecido que haverá encontros temáticos periódicos, abertos inclusive às (aos) estudantes de Psicologia. “Teremos uma ação unificada tanto o conselho como os demais órgãos da saúde pública para as ações da Luta Antimanicomial, em maio”, frisou a presidente. 
 
Morgana destacou ainda o início de uma mobilização da categoria para a criação de um sindicato das (os) psicólogas (os). “O Conselho não pode viabilizar o sindicato, mas podemos fazer mobilização das (os) profissionais e dar esse suporte. Às vezes a categoria tem esse interesse, mas está muito dispersa, então vamos acompanhar a articulação inicial desse movimento no estado”, frisou.
 
Direitos Étnicos e Raciais
De acordo com o psicólogo Carleandro Roberto de Souza, que está à frente da subcomissão de Direitos Étnicos e Raciais, ela nasceu da percepção do Conselho sobre a necessidade de aprofundar as discussões nesse sentido, o que era feito por meio de um Grupo de Trabalho (GT). “Sabemos que a Psicologia durante muito tempo foi omissa nesse tipo de ação. E agora o que estamos tentando fazer é mobilizar os profissionais aqui do estado para fazer um trabalho tanto em relação aos profissionais e os atendimentos que eles realizam, como ao próprio sistema Conselhos, neste caso mais relacionado a racismo institucional”, explicou. 
 
Carleandro reforça a necessidade lembrando que no caso do racismo há uma particularidade, uma face perversa: o fato de muitas vezes não reconhecermos que ele existe. “Não reconhecer que ele está ali afetando as relações é sintomático. O que queremos fazer é acordar as pessoas para isso, mobilizar, conscientizar, problematizar para conscientizar as pessoas disso e das outras questões étnicas e raciais”, assegurou. Segundo ele, a subcomissão já entrou em contato com alguns coletivos do movimento negro e instituições, como o Núcleo de Estudos de Pesquisas sobre Relações Raciais e Educação (Nepre), da UFMT, para a realização de um encontro para iniciar os trabalhos.
 
Fonte: Pau e Prosa Comunicação