CRP/18 MT apoia projeto contra mortalidade materna e infantil
O Conselho Regional de Psicologia da 18ª Região de Mato Grosso (CRP/18 MT) apoia o projeto “Multiplicadores em vigilância do óbito de mulher em idade fértil, materno, infantil e fetal”. Desenvolvido pelo Comitê Municipal de Mortalidade Materna e Infantil, em consonância com a Gerência de Vigilância de nascimentos e óbitos, o projeto busca capacitar médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem da rede municipal de saúde. A capacitação debate as causas de morte entre mulheres em idade fértil e de crianças e recém-nascidos bem como a adoção de medidas de controle e prevenção.
Segundo a representante do CRP/18 MT nos Comitês Estadual e Municipal de Mortalidade Materna e Infantil, Eloá de Carvalho Lourenço, o combate à mortalidade materna e infantil é um papel coletivo. Ele é multiprofissional, interinstitucional, intersetorial e multidisciplinar. “Há um movimento político que vem atingindo toda a esfera administrativa estatal, que contribui para a desqualificação do saber, que precisa ser reconhecido e mudado por todos. A mortalidade materno-infantil é só um aspecto de um todo que precisa ser visto, reconhecido e mudado coletivamente”, explica.
Entre os principais objetivos do projeto, estão: promover a sensibilização dos profissionais da atenção básica para a vigilância do óbito de mulher em idade fértil, materno, infantil e fetal; estimular a investigação dos óbitos pelas equipes de atenção básica; estimular os profissionais a fazer o registro adequado das informações, que serão utilizados nos sistemas de informação para o diagnóstico, planejamento e avaliação das ações; instrumentalizar os profissionais para a investigação dos óbitos, por meio da qualificação da informação e construir um processo de aprendizagem crítico, contextualizado e transformador dos profissionais da saúde.
A capacitação das regionais sul e oeste foi realizada de
Para Eloá Lourenço, as regionais sul e oeste foram capazes de ampliar o conhecimento após participarem da capacitação. “Pela abordagem adotada e participação ativa em sala de aula, percebe-se um crescimento ampliado do conhecimento daqueles que efetivamente se envolveram na capacitação. Há uma atividade de dispersão, em que os alunos vão a campo para a investigação do óbito em sua realidade concreta. Depois, nos reuniremos novamente para esse feedback das facilidades e dificuldades vivenciadas no olhar qualificado para a investigação do óbito materno, infantil e fetal”.
Eloá Lourenço ressalta que o projeto não é somente uma tentativa de fazer a vigilância do óbito, mas também um investimento na vida, que envolve muito além da ausência de doença. “Esperamos o empoderamento pelos profissionais dessa parte da vigilância à saúde, reconhecendo nela uma parcela, que pode ser mudada ou alterada com esforço individual e coletivo. A partir do seu fazer qualificado cotidiano, discutido e trocado com a equipe, que eles se vejam inseridos nesse processo”, afirma.
Fonte: Pau e Prosa Comunicação