O Conselho Regional de Psicologia de Mato grosso (CRP-18/MT), por meio da Comissão de Direitos Humanos e Políticas Públicas, emitiu nota em defesa da reforma psiquiátrica antimanicomial e manifestou-se contrário às mudanças propostas na Política de Saúde Mental, Álcool e outras drogas do Ministério da Saúde que vem sendo implantada a partir de 2017.

“Há mais de 30 anos, fortalecidos pelo Movimento da Luta Antimanicomial, somos contrários aos manicômios e sua lógica de sofrimento, exclusão, anulação da subjetividade e violência. Com o lema “por uma sociedade sem manicômios”, sustentamos e defendemos radicalmente a reforma psiquiátrica brasileira alinhada aos princípios do SUS e da Lei 10.216/2001, que garante os direitos das pessoas com transtorno mental e redireciona o modelo de tratamento”, traz trecho da nota.

Em Mato Grosso, a luta antimanicomial resultou no fechamento do Hospital Psiquiátrico, a desinstitucionalização de pessoas e criação de Residências Terapêuticas, implantação de CAPS, implantação de ambulatórios de Saúde Mental, Consultório na Rua e atendimento de emergência de Saúde Mental nas UPAs.

Contudo, há muitos anos não há avanços e a batalha atual é pela ampliação e articulação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). É necessário investimento em serviços que se encontram precarizado, a reestruturação das equipes com educação permanente e supervisão clínico institucional, implantação de CAPS 24 horas, implantação de leitos de saúde mental em Hospitais Gerais.

Muitas são as necessidades com relação à rede de saúde mental, porém, o maior desafio é o processo de desinstitucionalização do Hospital Adauto Botelho.

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