CRP 18-MT cria Comissão de Gênero de Diversidade Sexual na Psicologia e reunião será na quarta

CRP 18-MT cria Comissão de Gênero de Diversidade Sexual na Psicologia e reunião será na quarta

CRPMT 18

A Comissão de Gênero de Diversidade Sexual na Psicologia foi criada atendendo uma demanda a categoria solicitada no Congresso Estadual e a primeira reunião ocorrerá nesta quarta-feira (6), às 18h, na sede do Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso (CRP 18-MT), sob a coordenação do conselheiro Gabriel Henrique Figueiredo.

“Ela tem o objetivo não apenas de cumprir uma diretriz do Congresso Estadual, mas também de pensar e debater as questões ligadas à diversidade sexual e gênero dentro da atuação profissional do psicólogo. Trazer discussões conceituais e histórica relacionadas ao contexto de gênero, diversidade e, com isso, subsidiar a atuação das psicólogas e psicólogos em Mato Grosso”, explicou Gabriel.

Vale ressaltar ainda que o debate vai muito além das questões LGBT, pois quando se fala de gênero está se falando também da mulher, da violência contra a mulher, machismo, e como a educação da masculinidade causa sofrimento psicológico ao homem também. Gabriel conta que o número de casos de suicídios entre homens tem aumentado muito e é preciso também discutir este tema dentro da comissão.

 A ideia é pensar a Psicologia em todas as frentes de trabalho: clínica, assistência social, no Judiciário, em avaliações, etc, diante da complexidade humana que envolve a política de gênero e diversidade sexual.

Além disso, com a criação forma da comissão espera-se ainda que os membros possam fazer parte de debates em órgãos como os Conselhos Municipais e Estadual da Mulher, Conselho Municipal de Atenção à Diversidade Sexual em Cuiabá, além do envolvimento na organização da Parada da Diversidade para levar a Psicologia para dentro destes órgãos e discutir o atendimento à esta parcela da população.

As resoluções 01/99 e 01/2018 que tratam sobre normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da Orientação Sexual e também do atendimento e despatologização da população trans e travestis.

Gabriel faz questão de destacar também que a comissão está aberta para participação dos estudantes e dos movimentos sociais, o que, para ele, é essencial para que o debate ocorra com a presença da comunidade.