Conselho Federal de Psicologia publica novas diretrizes para o atendimento psicológico de pessoas surdas

Conselho Federal de Psicologia publica novas diretrizes para o atendimento psicológico de pessoas surdas

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) acaba de dar um passo significativo na promoção de práticas psicológicas mais inclusivas com a publicação de dois documentos essenciais voltados ao atendimento de pessoas surdas: a Resolução CFP nº 9/2025 e a Nota Técnica CFP nº 18/2025. As publicações visam orientar a categoria profissional na construção de um cuidado psicológico acessível, ético e comprometido com os direitos humanos.

A Resolução CFP nº 9/2025 estabelece diretrizes para um atendimento psicológico acessível e sem barreiras, respeitando a pluralidade cultural e linguística da população surda. Entre os pontos centrais, estão a obrigatoriedade do uso de Libras ou intérprete escolhido pela pessoa atendida e a garantia de acessibilidade comunicacional, tecnológica, física e atitudinal.

Complementando esse marco normativo, a Nota Técnica CFP nº 18/2025 apresenta orientações práticas sobre comunicação inclusiva, práticas anticapacitistas, interseccionalidade, sensibilidades culturais e a importância da participação de familiares no cuidado em saúde mental. Também destaca a necessidade de adaptar materiais e instrumentos psicológicos para atender às especificidades da comunidade surda.

Ambos os documentos são resultado de um processo coletivo que contou com a participação ativa de pessoas surdas e reafirmam o compromisso da Psicologia com a equidade no acesso aos serviços, o respeito à diversidade e a escuta qualificada. As diretrizes reforçam, ainda, a responsabilidade da categoria na superação do capacitismo e do ouvintismo, promovendo a autonomia da pessoa surda e assegurando um atendimento digno, ético e acessível.

Essas iniciativas estão em consonância com os princípios fundamentais do Código de Ética Profissional do Psicólogo, que determina o respeito à dignidade, à liberdade, à igualdade e à integridade do ser humano, além do compromisso com a eliminação de todas as formas de discriminação e opressão.

Com as novas orientações, o CFP fortalece o papel da Psicologia como agente de transformação social e busca garantir às pessoas surdas o direito de acessar serviços psicológicos com qualidade, respeito e inclusão.

Acesse os documentos: