Lutar contra a transferência do Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho. Esse foi o objetivo do protesto ocorrido na manhã desta segunda-feira (10) em frente à sede atual da unidade de saúde, no bairro Coophema. Os manifestantes deram as mãos e fizeram um abraço no prédio, em um ato simbólico. Em seguida, caminharam até a Avenida Fernando Corrêa. A manifestação contou com a participação dos acadêmicos do curso de Psicologia das Universidades de Cuiabá (Unic) e Federal de Mato Grosso (UFMT), e do Centro Universitário de Várzea Grande (Univag), além de representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Fórum de Saúde Mental, e servidores público que lutam por melhores condições do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Segundo a representante do Conselho Regional de Psicologia da 18ª Região de Mato Grosso (CRP/18 MT), Marisa Helena Alves, a manifestação, denominada “Abraço ao Adauto”, foi uma forma de demonstrar a insatisfação quanto à mudança do Adauto Botelho que passaria a funcionar no prédio do antigo Instituto Neuropsiquiátrico de Cuiabá (INC), localizado na BR-364, saída para Rondonópolis, a cerca de 20 km do centro de Cuiabá. “Queremos fazer com que a sociedade se conscientize quanto ao processo de exclusão dos doentes mentais. Isso é um retrocesso na assistência aos doentes,” afirma Marisa Helena.

Membro das Comissões de Psicologia em Emergências e Desastres; de Educação; e de Políticas Públicas do CRP/18 MT, a conselheira considera essa mudança um retorno aos tempos em que os pacientes internados em manicômios eram excluídos do convívio social.

Outro ponto em pauta no manifesto foi a reivindicação por melhores condições de atendimento no SUS. Para Marisa Helena, a luta pela defesa do SUS deve ser incansável até que se possa ter a garantia de uma política de serviços públicos de saúde com qualidade. “Por meio dessas manifestações podemos chamar a atenção do poder público e fazer com que entenda a insatisfação do cidadão com relação à área de saúde”, destaca.

 

Fonte: Pau e Prosa Comunicação