Conselho de Psicologia lança campanha de combate à violência contra mulheres
O CRP18- MT lança hoje (25) a campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”, mesmo dia em que é celebrado o Dia Internacional pela eliminação da violência contra as mulheres”. A ação segue até 10 de dezembro, no Dia Internacional dos Direitos Humanos, com uma série de materiais tendo como objetivo estimular o pensamento crítico sobre o assunto. Em 2020, a campanha traz como tema “Onde você está que não me vê?”, abordando a invisibilidade das vítimas antes e durante a pandemia da Covid-19.
Criada pelo Instituto Global das Mulheres, em 1991, a campanha anual e internacional é uma estratégia de mobilização ao engajamento da sociedade na prevenção e erradicação da violência contra mulheres. A ação ressalta ainda os diferentes tipos de abusos e violência que devem ser denunciados e combatidos. Para participar da ação, o CRP18-MT elaborou um material especial com conteúdo indicado pelas Comissões de Direitos Humanos e Políticas Públicas, Comissão de Psicologia e Diversidade de Gênero e Sexual, Comissão de Psicologia e Interfaces com a Justiça, Comissão de Relações Étnico-Raciais na Psicologia e pelo GT de Psicologia e Povos Indígenas.
Entre as temáticas abordadas estão a chamada “cultura do estupro”, violência contra mulheres em situação de rua, estupro corretivo e o reconhecimento a direitos conquistados por mulheres. A Comissão de Direitos Humanos e Políticas Públicas orienta ainda a leitura de Referências técnicas para atuação de psicólogas (os) em Programas de Atenção à Mulher em situação de violência, elaborado pelo CFP e o guia “A Psicologia e população em situação de rua: novas propostas, velhos desafios”, produzido pelo Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais. Outro material indicado é a live “Atuação da Psicologia com pessoas em situação de rua”, realizada pelo CFP em outubro deste ano, disponível AQUI.
A violência contra mulheres lésbicas, bissexuais e PCDs é citada pela Comissão de Psicologia e Diversidade de Gênero e Sexual, que aborda ainda os casos de prostituição, assédio e violência institucional e psicológica, tanto no ambiente familiar, quanto no trabalho. Já no ambiente prisional, a Comissão de Psicologia e Interfaces com a Justiça destaca a violência contra mulheres transsexuais e a garantia de direitos à uma gravidez segura e com assistência médica nas unidades. O grupo frisa a legislação vigente no país que determina o acolhimento a pessoas LGBTQIA+ em presídios e a permissão para que transsexuais sejam chamadas pelo seu nome social.
A Comissão de Relações Étnico-Raciais na Psicologia do Conselho cita a tipificação de “feminicídio” para os homicídios cometidos contra mulheres. De acordo com o estudo “Violência Doméstica durante a pandemia de Covid-19”, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre março e abril deste ano, o número de feminicídios aumentou em 150% em Mato Grosso em comparação ao mesmo período de 2019.
O material da campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres” será disponibilizado nas redes sociais do CRP18-MT (Facebook e Instagram).