Em reunião extraordinária do conselho municipal de saúde na última sexta-feira (9), que teve como pauta o Modelo de Gestão do Novo Pronto Socorro de Cuiabá, a conselheira indicada pelo CRP, pediu vistas do processo. São dez dias de prazo para analisar e manifestar o voto sobre a proposta. A Presidente do Conselho de Psicologia, Morgana Moura explica que será realizada uma reunião com o Instituto de Saúde Coletiva para discutir o tema, mas de antemão, é considerada a possibilidade de votar contra a proposta de terceirização do sistema de saúde da capital.

“Primeiramente, é importante destacar que essa pauta no Conselho Municipal de Saúde foi feita de forma repentina. Foi necessário o pedido de vistas porque não houve tempo hábil para discutir sobre o tema. Uma das preocupações que temos é com o processo de privatização e terceirização da saúde, o histórico de implantação das OSS no Estado já se mostrou negativa, devido as dívidas que ficaram dessas parcerias. Ou seja, o histórico tanto estadual quanto nacional não é bom, e não podemos ser coniventes com a privatização do Pronto-Socorro da capital”, afirmou.

Morgana explicou que antes de montar o parecer, o CRP vai solicitar o Plano de Ativação da nova proposta do Pronto-Socorro e a ata da reunião da última sexta-feira, esta última, para formalizarem uma reclamação sobre posicionamentos da diretoria e conselheiros que tentaram tirar o direito da conselheira em pedir vistas do processo, atitude prevista no regimento.

“Se a terceirização não deu certo, porque querem investir em algo que já se mostrou dar errado outras vezes. Além disso, a Empresa Cuiabana de Saúde passa por investigação na CPI da Saúde na Câmara Municipal de Cuiabá, e incentivar a terceirização é ter a precarização dos serviços, que são baseados no mínimo e não na garantia de um serviço de qualidade”, disse.

PRONTO-SOCORRO

O novo hospital e Pronto-Socorro de Cuiabá está previsto para ser inaugurado em dezembro. Em reunião na última semana, o secretário municipal de Saúde, Huark Douglas, apresentou a proposta da Empresa Cuiabana de Saúde Pública, que administra o Hospital São Benedito, também gerir o novo hospital. Porém, a proposta precisa ser aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde na qual a CRP possui uma cadeira. 

“Durante a reunião, não foi nem apresentado um modelo de gestão para basear o voto dos conselheiros, a promessa foi de a Secretaria de Saúde apresentar um plano diretor só após a aprovação da Empresa Cuiabana de Saúde como gestora, o que não é certo, pois os conselheiros precisam saber antes no que estão votando”, comentou a presidente do CRP.

Fonte: Pau e Prosa Comunicação