Conselho de Psicologia de Mato Grosso discute prevenção ao suicídio
Ampliar a rede de atendimento psicossocial e envolver entidades e instituições são algumas das propostas do Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso (CRP18-MT) para a prevenção de suicídios. A entidade esteve presente no lançamento do Comitê de Promoção da Vida e Prevenção ao Suicídio e a Automutilação, proposto pela Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (ALMT), na última segunda-feira (30).
Durante o lançamento, o CRP18-MT, representado pelo presidente Gabriel de Figueiredo, manifestou o interesse em aderir ao Comitê. O objetivo, segundo ele, é fazer com que o espaço funcione como uma espécie de “observatório” das políticas públicas voltadas para a saúde mental em Mato Grosso, com apontamentos do que é necessário melhorar e reconhecimento às ferramentas que já funcionam.
“Uma iniciativa válida em âmbito nacional é o projeto de lei nº 3688, que propõe sobre a atuação de profissionais da Psicologia e de Serviço Social na educação pública. É uma alternativa para que o trabalho do psicólogo não seja focado só na saúde, mas integrado à comunidade, família e outros setores. Da mesma forma, é a contribuição da Psicologia na prevenção de suicídios e automutilação. Podemos ajudar além do ambulatório”, destacou Gabriel.
Alerta – A cada segundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 40 pessoas tiram a própria vida no mundo, o que leva a quase 800 mil mortes por suicídio durante o ano. Os números divulgados recentemente chamam a atenção para a importância de se investir no cuidado com a saúde mental da população.
Para o presidente do CRP18-MT, Gabriel de Figueiredo, outro ponto importante ao abordar o suicídio é destacar as fragilidades da rede de atendimento psicossocial. Ele cita como exemplo o fato de Mato Grosso não ter unidades como o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS III), que é um serviço 24 horas, necessário para o atendimento a pacientes com transtorno mental aos finais de semana e no período noturno, entre outras modalidades de acolhimento. “Existem grupos e fatores de risco que colocam um indivíduo em situação de extremo sofrimento psíquico que é o que leva ao suicídio. Identificar e trabalhar isso é fundamental para evitar mais mortes”, finalizou.