Conselho de Psicologia busca parceria com Comissão de Direitos Humanos
A presidente do Conselho Regional de Psicologia da 18ª Região de Mato Grosso (CRP 18/MT), Maria Aparecida de Amorim Fernandes, esteve na segunda-feira (13), no gabinete do presidente da Comissão da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Amparo à Criança, ao Adolescente e ao Idoso, deputado Emanuel Pinheiro (PR), para discutir dados do “Relatório da 4ª Inspeção Nacional de Direitos Humanos: locais de internação para usuários de drogas”, apresentado pela instituição e que aponta a falta de estrutura das comunidades terapêuticas.
Na avaliação da presidente do Conselho, as comunidades terapêuticas do Estado não estão aptas a oferecer um atendimento terapêutico para dependentes químicos. “Essa não é uma avaliação pessoal minha, é o que revela a pesquisa por amostragem realizada pelo Conselho Regional de Psicologia”, declarou Priscila Batistuta, conselheira da Comissão de Direitos Humanos do CRP 18/MT. Segunda ela, no Estado existem cerca de 70 comunidades terapêuticas que recebem dependentes químicos com a proposta de auxílio na recuperação. Em nenhuma das entidades foram encontrados os requisitos básicos que condizem com o objetivo.
O deputado Emanuel Pinheiro ficou surpreso com o posicionamento do Conselho de Psicologia porque acredita que as comunidades terapêuticas são o braço do Estado na recuperação de dependentes químicos.
“No ano de 2011 trabalhei para o fortalecimento dessas casas de recuperação, acreditei no trabalho realizado por elas”, salientou. O deputado disse que o assunto deve ser discutido com a sociedade e com poderes públicos. Pinheiro apontou a necessidade de uma audiência pública, que será realizada em parceria com o CRP 18/MT, no dia 29 de março, para discutir o relatório da 4ª Inspeção Nacional de Direitos Humanos, onde deverão participar os parceiros: Ministério Público, Defensoria Pública, Fórum Intersertorial de Saúde Mental, Conselho Regional de Enfermagem (COREN), Conselho Regional de Serviço Social, Comunidades Terapêuticas e outros segmentos organizados da sociedade.
Para a presidente do CRP18/MT, as unidades precisam melhorar, pois não respondem adequadamente ao projeto de tratamento terapêutico. “Se as comunidades terapêuticas vão fazer parte do Sistema Único de Saúde (SUS) temos que ter uma atenção especial com elas”, apontou ao ressalta a necessidade de fiscalização. “No mínimo essas instituições deveriam ter médicos, psicólogos, nutricionistas e enfermeiros”, destacou. Segunda a psicóloga, o isolamento ao qual os internos são submetidos vai contra a política de inclusão social defendida pelos profissionais da saúde mental.
O parlamentar disse que com uma audiência será possível discutir o assunto e entender melhor o posicionamento do Conselho, das comunidades terapêuticas e da sociedade, a fim de garantir tratamento de eficaz e de qualidade aos dependentes químicos e familiares.
Fonte: Pau e Prosa Comunicação com Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso