O Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso, por meio da Comissão de Orientação e Fiscalização (COF), teve uma atuação intensa este ano na apuração de casos tanto de uso irregular de testes psicológicos (por psicólogos registrados) quanto o uso ilegal (por não psicólogos).

“O trabalho da Comissão de Orientação e Fiscalização é bastante intenso, pois além das demandas relacionadas a denúncias, seu papel é orientar os profissionais psicólogos, dando suporte na sua atuação profissional, inclusive na elaboração de documentos psicológicos. Outra atuação da comissão é realizar visitas de rotina, além das visitas de fiscalização advindas das denúncias, com foco em levantar indícios de irregularidades e para prevenir possíveis faltas éticas”, explicou a agente fiscal do CRP 18-MT Rhegysmere Alves.

Desde 2016, a comissão tem averiguado o uso de testes psicológicos pelo setor privado para o recrutamento e seleção de pessoal. A representante do Conselho Regional de Psicologia explica que o uso e manuseio dos testes são de exclusividade dos profissionais psicólogos e quando o teste é aplicado por um profissional que não é psicólogo, o procedimento é considerado exercício ilegal da profissão. Nesses casos, as informações são encaminhadas à Policia Federal.

Não é raro, explica a agente de fiscalização, o uso de testes considerados psicológicos, mas que não possuem padronização no Brasil e não são autorizados pelo Sistema Conselhos de Psicologia, como por exemplo: o DISC, PAT e PI. Nesses casos, o procedimento adotado pelo CRP 18-MT é encaminhar as informações para a Polícia Federal, além de representações éticas considerando o uso ilegal e/ou irregular de teste psicológico privativo de profissional psicólogo.

Além disso, foram tomadas providências relacionadas a denúncias envolvendo profissionais psicólogos que estavam repassando a leigos o conhecimento do uso dos testes psicológicos e de comercialização destes instrumentos por sites.