
CFP promoveu diálogo sobre uso responsável de tecnologias digitais por crianças e adolescentes
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) realizou, no dia 20 de agosto, um encontro de pré-lançamento da publicação “A Psicologia frente ao Mundo Digital: Orientações para a Atuação Profissional com Crianças e Adolescentes”. O evento reuniu entidades profissionais e especialistas para discutir os desafios éticos e sociais impostos pelo uso crescente de tecnologias digitais na infância e na adolescência.
O documento, produzido pelo Grupo de Trabalho do CFP sobre o uso consciente de telas e dispositivos digitais, propõe diretrizes éticas para a atuação de psicólogas e psicólogos diante dos impactos do ambiente digital na saúde e no desenvolvimento de crianças e jovens. A iniciativa reforça os princípios fundamentais da profissão, como a promoção da dignidade, da liberdade e da qualidade de vida, em consonância com o Código de Ética Profissional do Psicólogo.
O GT responsável pela elaboração é composto pelas conselheiras Izabel Hazin, Raquel Guzzo e Marina Poniwas, além das(os) pesquisadoras(es) Maíra Almeida, Gabriela Vescovi, Beatriz Sancovsky, Michael Jackson Andrade e Eduardo Miranda. A construção do material contou ainda com contribuições de entidades como a Associação Brasileira de Psicologia do Desenvolvimento (ABPD), a Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE), a Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO), a Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPEPP) e o Instituto Brasileiro de Neuropsicologia e Comportamento (IBNEC).
Durante o encontro, as entidades convidadas apresentaram contribuições a partir de uma leitura prévia da publicação, reforçando o caráter coletivo e plural do processo. Para a vice-presidente do CFP, Izabel Hazin, a iniciativa resulta de um esforço conjunto: “Estamos finalizando um guia de orientação à categoria, construído a muitas mãos, com diferentes olhares, que responde à complexidade do uso de mídias digitais na infância e adolescência.”
Já a conselheira do CFP e vice-presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Marina Poniwas, destacou a relevância do documento para a prática profissional: “Construímos um debate rico, com contribuições excelentes, para que o documento alcance a pluralidade das vivências no uso de telas e conectividade, além de reforçar a importância do letramento digital no país.”
A publicação, que será lançada oficialmente em breve, representa mais um passo da Psicologia na defesa dos direitos de crianças e adolescentes, reafirmando o compromisso ético da profissão em promover práticas responsáveis e alinhadas às transformações sociais.
A gravação completa do diálogo de pré-lançamento está disponível para acesso público no canal do CFP no YouTube.