O Conselho Nacional de Segurança Pública (Conasp) realizou nesta quarta-feira (18/4) audiência pública sobre o Plano Crack, implementado pelo Ministério da Justiça para o enfrentamento do crack e outras drogas. A reunião, que aconteceu durante todo o dia no auditório do Palácio da Justiça, em Brasília, teve como objetivo debater os efeitos – positivos e negativos – da implementação do programa nas capitais brasileiras, como o funcionamento das unidades terapêuticas e a questão do acolhimento obrigatório de dependentes químicos.

Para a psicóloga Flávia Lemos, do Conselho Federal de Psicologia, que representou o CFP na abertura do evento, o plano é decepcionante. “Retirar essas pessoas a força das ruas é uma verdadeira violência, fere o direito do indivíduo querer buscar ajuda. É ainda mais grave no caso das crianças e adolescentes”, afirma Lemos. A Conselheira ainda comentou sobre a importância de uma saúde coletiva. “O importante é investir em um atendimento público e estatal” conclui.

O evento também contou, em sua abertura, com a participação do Almir Laureano, vice-presidente do Conasp, Suelen Sales, secretária executiva do Conasp, do professor da UFRJ Jorge da Silva, do deputado federal Givaldo Carimbão. Foram ouvidos ainda conselheiros do Conasp e outros especialistas no assunto que apontaram possíveis melhoras no desenvolvimento do programa.

 

Fonte: Psicologia Online