CFP orienta psicólogos sobre utilização de testes psicológicos

O Conselho Federal de Psicologia (CFP), a pedido do Ministério Público do Trabalho e com o intuito de resguardar a sociedade e de orientar os psicólogos, recomenda aos profissionais que não utilizem o Inventário Fatorial de Personalidade (IFP) e demais testes psicológicos que contenham questões ligadas à intimidade e vida privada do candidato a emprego, que possam causar constrangimentos, como as de cunho sexual. A recomendação está fundamentada na suposição de que o conteúdo constante no teste IFP viole estes princípios constitucionais.
O CFP encaminhou solicitação de revisão do inventário à Casa do Psicólogo, editora responsável pela formulação do teste. A editora alega que estão sendo realizados estudos de atualização do teste e que os itens que fazem referência a questões ligadas à sexualidade serão excluídas do IFP. O teste será revisto em dezembro de 2012, período em que atinge o tempo máximo de validade e seus dados serão revisados, conforme a resolução do CFP de n° 002/2003 e suas alterações.
O Conselho também sugere à categoria que utilize, preferencialmente, outros testes psicológicos disponíveis no Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi) que alcancem o mesmo propósito do IFP. O CFP ressalta, ainda, que o Inventário Fatorial da Personalidade Revisado (IFP-R), em versão reduzida, não possui os fatores questionados pelo Ministério Público e pode, portanto, ser utilizado pelo profissional.
O Conselho Regional de Psicologia da 18ª Região de Mato Grosso (CRP 18/MT) está à disposição dos psicólogos e psicólogas para mais informações e orientações, caso considerem necessário. 

Fonte: Pau e Prosa Comunicação