CFP orienta profissionais quanto à comunicação de óbitos por coronavírus

CFP orienta profissionais quanto à comunicação de óbitos por coronavírus

CRPMT 18

 

Com mais de 19 mil mortes já confirmadas pelo novo coronavírus (Covid-19) no país, a atuação da(o) psicóloga(o) diante a comunicação de óbitos a familiares é uma das preocupações do Conselho Federal de Psicologia (CFP). 

O órgão encaminhou o ofício circular nº 65/2020 com recomendações aos profissionais psicólogos de como agir diante da situação. A entidade ressalta que não é atribuição de psicólogas (os) informar o óbito de pacientes, mas o profissional pode acompanhar familiares e equipe médica na prestação e manejo da comunicação de óbito, visando o melhor atendimento aos usuários dos serviços de saúde. 

Entre as justificativas apontadas pelo CFP para que não seja de responsabilidade de psicólogas (os) a comunicação de óbitos, está a ausência de previsão legal para isto, e o fato dos(as) profissionais não terem conhecimento total das causas da morte e do processo de cuidados adotados ao paciente. Tais informações estão a cargo da equipe médica, que possui formação tecnica e teórica para isto. O órgão destaca que, “uma vez que é obrigação legal do médico emitir atestado e declaração de óbito, a presença da psicóloga no ato da comunicação de óbito não poderia se dar senão como acompanhamento, a partir de suas habilidades e competências”.

Diante da comunicação de óbito, o CFP orienta a psicólogas (os) que proponham serviços de atendimento individuais ou grupais, conforme o caso, contribuindo com o alívio de angústia, medo, tristeza e outras situações emocionais decorrentes do contexto de morte. Tais serviços também podem ser direcionados aos profissionais de saúde que estão diariamente lidando com a doença, e, consequentemente, o óbito de pacientes.

Para ler as recomendações do CFP em relação à comunicação de óbitos, acesse o ofício nº 65/2020, clicando aqui.