Assessora do Crepop fala sobre racismo e a violência contra mulher
A assessora técnica do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (Crepop), Érika de Oliveira, falou sobre a violência contra mulher durante evento realizado pelo governo do Estado alusivo à programação do Dia Internacional da Mulher, organizado pela primeira dama Virginia Mendes.
“A violência contra a mulher é uma infração aos direitos humanos além de ser uma transgressão dos tratados internacionais, diante disso a atuação da Psicologia é compreender a conjuntura na qual a violência ocorre e o significado que assume”, afirmou Érika, que representou a presidente do Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso (CRP 18-MT), Morgana Moura.
A fala da assessora foi na perspectiva racial, sobre os mecanismos do racismo sob o ponto de vista de relato de uma ativista sobre a “mulata que nunca chegou” evidenciando a objetificação do corpo da mulher negra que na perspectiva social é chamada de mulata que vem de “mula”, um híbrido de cavalo e jumenta.
Vale ainda explicar que este é um termo cunhado no passado colonial para classificar os filhos (as) concebidos durante os estupros cometidos pelos donos das casas grandes nas negras escravizadas. “Hoje em dia é um termo racista que caracteriza mulheres negras de pele clara, magras, porém curvilíneas”.
Érika falou ainda sobre as formas de violência que consta da lei Maria da Penha 11.340/06. Durante o evento foi feito o anúncio da doação de cursos na área de estética que beneficiarão mulheres vítimas de violência.