A dificuldade de atendimento psicossocial é ainda maior para crianças e adolescentes quando comparado ao atendimento de adultos em Mato Grosso, pois existe apenas uma unidade que realiza o atendimento especializado, o Centro de Atendimento Psicossocial (CAPSi) Curumim, localizado em Cuiabá. Casos de crianças com autismo, depressão com risco de suicídio e psicoses juvenis, ficam sem atendimento adequado, o que pode trazer consequências graves. Especialmente no interior de Mato Grosso, a desassistência é ainda maior.

 

No CAPSi Curumim, cerca de 150 pacientes, desde crianças até jovens são atendidos por mês, porém, segundo a psicóloga Luciana Gomes de Souza, que trabalha na unidade, a demanda reprimida é grande, pois muitas crianças e adolescentes nem são diagnosticadas pela rede de atenção básica e encaminhadas para atenção especializada.

 

“Se a saúde mental vai mal, a saúde mental na infância e adolescência vai ainda pior. Existe um déficit desde a prevenção até os tratamentos de alta complexidade. Quando começamos os trabalhos no CAPSi, há 13 anos, encontramos famílias que deixavam os filhos amarrados dentro de casa, porque não sabiam o que fazer ou a quem recorrer, por falta dessa estrutura de atendimento. Atendemos apenas a Baixada Cuiabana, mas a demanda existe em todo o estado”, explica a psicóloga.

 

A atenção à saúde mental infanto-juvenil, desde a formação dos profissionais até a atuação na rede pública de saúde, fará parte das discussões do 3º Congresso de Psicologia do Cerrado, que será realizado entre os dias 06 e 09 de julho no Centro Universitário/Univag. No evento, profissionais e estudantes da região Centro-Oeste debatem temas como a sexualidade na terceira idade, atendimento à população trans e a psicologia hospitalar.

 

Mais informações sobre o congresso no site https://www.even3.com.br/IIICONPCER

 

Fonte: Pau e Prosa Comunicação.