O dia 18 de maio é uma data conhecida pelas psicólogas como o “Dia Nacional da Luta Antimanicomial”, mas também é o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”. 

Foi nessa data, há 53 anos, que Araceli Cabrera Crespo, de apenas 8 anos de idade, desapareceu e foi violentamente abusada e assassinada em Vitória, no Espírito Santo. Depois do julgamento, os acusados dos crimes foram absolvidos e o processo foi arquivado pela Justiça. Desde 2000, o 18 de maio (o dia do desaparecimento de Araceli) foi instituído como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e desde 2022, o mês de maio se transformou no Maio Laranja, com o intuito de estender ações de combate à violência sexual para todo o mês.

Este dia também é marcado por uma série de atividades e campanhas. Uma delas, é a campanha "Faça Bonito", realizada nacionalmente pelo Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e Rede ECPAT Brasil em parceria às Redes Nacionais de Defesa dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes. Esta iniciativa, realizada anualmente, tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a prevenção e o combate à violência sexual infantojuvenil, além de promover a proteção dos direitos de crianças e adolescentes.

Além de conscientizar sobre a gravidade do problema, a campanha “Faça Bonito” também busca orientar sobre como identificar as situações de violência sexual infantojuvenil, acolhendo e comunicando às autoridades competentes para que haja apoio às vítimas e suas famílias, bem como as providências necessárias de investigação e responsabilização. O símbolo da campanha é uma flor amarela, representando a infância e a esperança de um futuro sem violência. O lema "Faça Bonito: proteja nossas crianças e adolescentes" reforça o compromisso de toda a sociedade em garantir um ambiente seguro e acolhedor para crianças e adolescentes. Assim, a “Faça Bonito” se torna não apenas uma campanha, mas um movimento de mobilização e transformação social, visando construir um futuro onde todas as crianças e adolescentes possam crescer livres de violência sexual.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), criado em 1990, é uma das bases legais que sustentam essa luta. Ele estabelece diretrizes fundamentais para a garantia dos direitos das crianças e adolescentes, incluindo proteção contra qualquer forma de violência, abuso e exploração sexual. O ECA é uma ferramenta essencial na defesa da população infantojuvenil e na promoção de políticas públicas que visam prevenir e combater tais práticas.

O CRP18-MT apoia a luta.  Além das medidas legais, a psicologia desempenha um papel integral e abrangente no combate do abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. As profissionais psicólogas atuam em diferentes frentes para prevenir, identificar e tratar os casos; atuam desde a prevenção e identificação precoce até a intervenção e acompanhamentos especializados das vítimas e suas famílias. 

Ao longo do mês, o CRP18-MT irá publicar vídeos, com objetivo de lembrar e contribuir com a “Faça Bonito”, no esforço pela conscientização da categoria e da sociedade, desmistificando mitos e estigmas que muitas vezes cercam o tema da violência sexual infantojuvenil.

O CRP18-MT, ainda, relembra seu material/folder orientativo a profissionais e estudantes de psicologia sobre a atuação profissional frente a situações de violência sexual, com diretrizes sobre como a psicóloga deve atender e lidar com crianças e adolescentes em situações suspeitas ou relatadas de violência sexual seja no âmbito privado, dos consultórios particulares e clínicas, como no âmbito público, nas redes de atendimento e proteção, no trabalho interprofissional, interdisciplinar e intersetorial das políticas públicas. 

Confira o material/folder orientativo clicando “aqui”