Polêmica, a educação inclusiva foi alvo de decisão do Supremo Tribunal Federal este mês quando os ministros votaram pela validade do dispositivo do Estatuto da Pessoa com Deficiência que proíbe as escolas particulares de recusarem ou cobrar mensalidade mais cara de alunos com deficiência. O papel da psicologia no processo na educação inclusiva está entre os debates que ocorrem no 3º Congresso de Psicologia do Cerrado, em julho.

 

Em Mato Grosso, no ano passado a portaria nº 329 estabeleceu prazos para a formulação de uma Política Estadual de Educação Especial, porém, o processo de inclusão ainda ocorre com dificuldades. Na educação inclusiva o psicólogo é parte atuante para que o aluno possa ser de fato incluído e não apenas colocado em uma escola regular, sem o acompanhamento necessário. 

 

Doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), a psicóloga Jane Cotrin explica que a educação inclusiva não deve se focar na diferença, mas na capacidade que todos têm de aprender, para proporcionar uma escola de qualidade para os estudantes, sem distinção, e para vencer desafios como a dificuldade das políticas de acesso e o preconceito que ainda vigora nos espaços escolares.

 

“A atuação do psicólogo nos sistemas educacionais deve visar o fortalecimento da comunidade escolar, buscando respostas coletivas para os problemas escolares. O psicólogo pode auxiliar na inclusão mediando o trabalho com a família e a equipe escolar, criando espaços para discussões sobre preconceito, ou seja, facilitando a permanência do aluno na escola, assim como a compreensão da deficiência”, esclarece a psicóloga.

 

Esse e outros temas relacionados à prática da Psicologia serão debatidos no 3º Congresso de Psicologia do Cerrado, que será realizado pelo Conselho Regional de Psicologia (CRP18) entre os dias 06 e 09 de julho, no Centro Universitário de Várzea Grande (Univag).

 

Fonte: Pau e Prosa Comunicação.