
PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: CRP18-MT DISCUTE COMBATE ÀS TERAPIAS DE REVERSÃO SEXUAL "CURA GAY" E APRESENTA CARTA ÀS/AOS USUÁRIAS/OS EM CONGRESSO INTERNACIONAL
O Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso participou do II Congresso Internacional da Aliança Nacional LGBTI+, realizado entre 15 e 18 de janeiro de 2025, em Curitiba - PR. O evento reuniu especialistas, acadêmicos, ativistas e profissionais para debater políticas públicas interseccionais voltadas à comunidade LGBTQIA+, reforçando a importância da resistência e do compromisso com os direitos humanos.
Representando o CRP18-MT, a Coordenadora da Comissão de Psicologia e Diversidade de Gênero e Sexualidade, Ana Carolina Silva Oliveira, apresentou o artigo “Psi, seu discurso violento disfarçado de prática psicológica adoece e mata: uma carta às/aos usuárias/os/es dos serviços de Psicologia”, elaborado em parceria com o psicólogo Leonardo Estrada Aguiar.
DENÚNCIA E CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE PRÁTICAS ANTIÉTICAS
O artigo abordou a persistência de práticas discriminatórias no campo da Psicologia, especialmente a tentativa de reorientação de identidades de gênero e orientações sexuais dissidentes, popularmente conhecida como “cura gay”. A pesquisa evidenciou os impactos prejudiciais dessas abordagens à saúde mental da população LGBTQIA+, destacando que tais práticas violam os princípios éticos da Psicologia e os direitos fundamentais dessa comunidade.
Além de denunciar essas violações, o artigo também serviu como um instrumento de orientação para usuárias(os) dos serviços psicológicos, fornecendo informações sobre seus direitos e instruindo sobre como identificar e denunciar profissionais que adotam abordagens discriminatórias e antiéticas. O trabalho baseou-se em resoluções normativas do Sistema Conselhos de Psicologia, reforçando o compromisso da profissão com a inclusão, acolhimento e despatologização da diversidade sexual e de gênero.
A participação do CRP18-MT no Congresso reforça seu compromisso com a defesa de uma Psicologia ética, inclusiva e promotora dos direitos humanos. A autarquia segue atuando na fiscalização de práticas antiéticas e na construção de uma Psicologia comprometida com o acolhimento e a saúde mental de todas as pessoas, independentemente de sua identidade de gênero ou orientação sexual.