Lançamento no Conpsi

Lançamento no Conpsi

Parte da diversidade de temas trabalhados pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) foi apresentada com o lançamento de quatro publicações do Conselho na quinta-feira (9), durante o 8º Congresso Norte e Nordeste da Psicologia (Conpsi). O Congresso, que neste ano foi realizado em Fortaleza (CE).

“O CFP não pode fiscalizar sem orientar, e o Centro de Referência de Psicologia em Políticas Públicas (Crepop) tem esse papel. Este lançamento de livros é a  celebração de uma  construção coletiva, que pergunta à (ao) psicóloga (o) o que ela(e) faz e  leva o conteúdo a especialistas para construírem respostas, além de pedir sugestões à população por meio de consulta pública. Tem muito a ver com a prática de cada um”, afirmou a conselheira do CFP Monalisa Barros.

O livro “Referências técnicas para a atuação de psicólogas (os) em serviços de atenção à mulher em situação de violência” foi um dos lançamentos inéditos no Conpsi, com produção do Crepop.  Uma das responsáveis pela publicação,  a psicóloga Jureuda Guerra, acredita que o documento contribui e reflete para o  atendimento pela categoria. “ Esperamos que o documento seja referência para trabalhar o sofrimento, para explicar como não revitimizar em situações de violência”, diz Jureuda.

Também com a temática da mulher, ocorreu o pré-lançamento do livro “Quem é a psicóloga brasileira?”.  Uma das organizadoras da publicação, a professora de Psicologia na Universidade Federal de Santa Catarina, Louise Lhullier, participou do lançamento do livro via Skype. Ela explicou que o documento– que é o resultado quantitativo de uma pesquisa feita com psicólogas (os) sobre a mulher psicóloga brasileira – vem com um papel muito importante para a Psicologia, pois é o primeiro passo para dar visibilidade às psicólogas brasileiras, que compõem cerca de 90% da profissão. “Por muito tempo ficamos invisíveis, e este é o primeiro livro sobre o tema a apresentar dados quantitativos sobre como as psicólogas vivem, trabalham, se relacionam, além da questão da educação e da violência”, explica Louise.

O livro abriu ainda novas perspectivas e questões que, segunda ela, mostram que não se pode generalizar as mulheres e as psicólogas. “Devemos dar visibilidade à diversidade que existe e os possíveis impactos que cada forma de pensar a vida e as questões sociais sobre a profissão e à prática profissional”.

A conselheira do CFP Roseli Goffman,  também uma das responsáveis pela pesquisa, ressaltou o o  protagonismo das psicólogas nos cargos dentro do Sistema Conselhos de Psicologia – formado pelos conselhos regionais e pelo CFP – e das  entidades da Psicologia. “É relevante olhar para esses dados e ver o que acontece com a psicóloga brasileira quando ocupa  locais de protagonismo. Precisamos nos contemplar dentro da profissão para garantir um futuro de maior igualdade e equidade, dentro das nossas diferenças”

A também conselheira Marilda Castelar, que também participou da elaboração do livro, espera que além de trabalhar com o sofrimento e violência, seja possível às psicólogas se voltarem para sua identidade profissional e se conhecerem mais, para de fato avançarem  no futuro da profissão.

Relançamentos

Na ocasião, ocorreu também o relançamento das publicações com referências técnicas para a  prática das (os) psicólogas (os) nos Centros de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) e na Educação Básica, ambos do Crepop. Segundo uma das conselheiras do CFP responsáveis pelo tema da educação, Marilene Proença, a publicação sobre educação básica é um marco fundamental para que as (os) profissionais possam ter mais clareza e tranquilidade para propor discussões críticas para a área da Psicologia escolar e educacional .

Outro relançamento no Conpsi foi do livro “O Crime Louco”, de autoria do escritor italiano Ernesto Venturini, que havia sido lançado oficialmente na 2ª Mostra Nacional de Práticas em Psicologia apenas no formato de CD.  Agora em versão impressa,  o livro foi distribuído e apresentado pelo presidente do CFP, que disse se tratar da história de três crimes cometidos na Itália por usuários de saúde mental. Segundo Verona, o escritor escolheu o CFP como instituição responsável pela publicação do livro por ser referência na luta pela reforma psiquiátrica.

As mais novas publicações estarão disponíveis em breve no site do Crepop e no site do CFP, gratuitamente.

Fonte: www.cfp.org.br