CFP ressalta o compromisso da Psicologia brasileira na defesa intransigente da democracia
A história demonstra, de maneira categórica, que a defesa intransigente da democracia é um exercício constante e que requer um amplo movimento em torno de um projeto societário cada vez mais inclusivo e menos desigual.
Imbuída dessa responsabilidade, a Psicologia brasileira vem ao longo dos anos ampliando seus espaços de atuação e de participação social a partir da compreensão de que, como ciência e profissão, contribuiu e tem ainda muito a colaborar com as transformações sociais do país.
Alinhada ao seu compromisso ético-político de saúde integral e promoção dos direitos, a Psicologia está amplamente presente nas políticas públicas brasileiras, com destaque para o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
No âmbito do Sistema Conselhos de Psicologia – responsável por orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício profissional da categoria – a condução dos processos tem sido marcada pelo profundo respeito às práticas democráticas, consolidando importantes instâncias de decisão que impactam o trabalho dos cerca de 450 mil psicólogas e psicólogos em todas as unidades federativas.
Nesse sentido, destaque para as eleições diretas para a escolha das gestões dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) e a Consulta Nacional para a definição do plenário do Conselho Federal de Psicologia (CFP), cujos mandatos têm duração de três anos.
Também merece atenção a Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças (APAF) do Sistema Conselhos de Psicologia, criada em 1996, durante o II Congresso Nacional da Psicologia (CNP). Fundamental espaço de deliberação, o encontro reúne (de forma ordinária, duas vezes ao ano) delegadas e delegados do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais para debater importantes temas da Psicologia nacional e orientações para a atuação profissional da categoria.
Outra forma de garantir a expressiva participação de profissionais da área nos temas afetos à Psicologia é a realização dos Congressos Regionais (Corepsis) e do Congresso Nacional da Psicologia (CNP). Tais eventos buscam não apenas organizar e mobilizar a categoria, mas, ainda, garantir o espaço de articulação para composição, inscrição e apresentação de chapas interessadas em concorrer à gestão do CFP, bem como promover a participação direta de psicólogas(os) no processo de deliberação acerca das ações a serem desenvolvidas pelo Sistema Conselhos de Psicologia.
Ao garantir a participação ampliada das(os) profissionais da Psicologia nas principais instâncias deliberativas do Sistema Conselhos, consolida-se uma prática que, mais do que democrática, revela-se transformadora da realidade em busca de uma sociedade mais fraterna, justa e livre de opressões e violências.